terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Edital de licitação do metrô de BH deve sair em breve

13/03/2013 - Diário do Comércio

A licitação para o tão esperado metrô da capital mineira, anunciado oficialmente pela presidente Dilma Rousseff em 2012, enfim deverá ser lançada. De acordo com o secretário de Estado de Transportes e Obras Públicas, Carlos Melles, os serviços de geotecnia e sondagem das obras de expansão do sistema de transporte serão concluídos neste mês e a próxima etapa será a publicação do edital de concorrência para a elaboração do Projeto de Engenharia, que deverá ocorrer ainda no primeiro semestre deste ano.

A expansão do metrô de Belo Horizonte é aguardada há décadas pela população. Atualmente, uma única linha está em operação, entre o Eldorado (Contagem) e Venda Nova (região Norte da Capital). O trecho tem 19 estações e 28 quilômetros de extensão.

Conforme o secretário, o processo realmente é demorado, em função da grande complexidade. Porém, ele ressalta que o primeiro passo para o desengavetamento do projeto foi dado no ano passado, com o início dos trabalhos de sondagem. "Finalizando esta etapa, será possível lançar a licitação para o projeto, e posteriormente publicar o edital para definição da empresa que realizará as obras e, depois, dar início às mesmas. Esse período como um todo vai de quatro a seis anos e, por isso, não se trata de um projeto para a Copa do Mundo", diz.

De acordo com Melles, apesar de o governo federal alegar que o início da concorrência para implantação do metrô só depende da publicação do edital por parte do governo de Minas, a morosidade no andamento do processo diz respeito aos recursos a serem liberados pela União.

"Todo problema ainda existente é do governo federal. Nós estamos antecipando e assumindo como parceiros e fazendo o possível para adiantar o processo, mas em determinado ponto ficamos reféns. Para se ter uma ideia, só agora foram liberados R$ 60 milhões para a sondagem, que teve início em setembro. Foi preciso que o governo do Estado começasse as obras sem que os recursos chegassem para que houvesse o andamento do processo", explica.

Projeto

O projeto do metrô na Capital está orçado em R$ 3,05 bilhões e foi incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da mobilidade do governo federal. Do total a ser investido na obra, a União participará com R$ 1 bilhão e o governo do Estado com aproximadamente R$ 750 milhões via financiamento. O restante, R$ 1,3 bilhão, será assumido pelas prefeituras de Belo Horizonte e Contagem e pela empresa a ser contratada, através de concorrência na modalidade parceria público-privada (PPP).

De forma geral, a expansão e a modernização do sistema de transporte na capital mineira inclui intervenções nas linhas 1 (Eldorado-Vilarinho), o término da construção e implantação da linha 2 (Calafate-Barreiro) e a construção e implantação da linha 3 (Lagoinha-Savassi). Com os trabalhos, a capacidade de atendimento do metrô passará dos atuais 200 mil passageiros por dia para cerca de 800 mil usuários/dia.

Sondagens

Os serviços de geotecnia e sondagem das obras do metrô tiveram início em setembro do ano passado, pelo centro da Capital, com o objetivo de subsidiar os projetos de engenharia com informações sobre o subsolo dos locais onde passarão as linhas do metrô.

Por meio de perfurações, a Progeo Engenharia Ltda, empresa que venceu a licitação para realizar as intervenções, obteve amostras de solos, rochas e outras informações geofísicas relevantes para o projeto, como a resistência das camadas de solo e o nível d'água subterrâneo. Já a profundidade dos furos ocorreu de acordo com o perfil do túnel a escavado, variando de 30 a 35 metros de profundidade. Ao final deste mês terão sido realizadas 180 perfurações em Belo Horizonte.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Edital para ampliação e exploração do Metrô de Belo Horizonte está em consulta pública

14/12/2012 - Pini Web

Sugestões e comentários devem ser enviados até o dia 10 de janeiro de 2013. Orçamento previsto é de R$ 15,5 bilhões

Gustavo Jazra

A Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas de Minas Gerais (Setop-MG) colocou na última quarta-feira (12) a minuta do edital referente a implantação de novas linhas e exploração do Metrô de Belo Horizonte em consulta pública. O pacote de intervenções tem orçamento previsto em R$ 15,5 bilhões.

O edital prevê serviços em três linhas do sistema. Na Linha 1, a empresa vencedora deverá fazer a expansão entre a estação de Eldorado e Novo Eldorado e a operação e manutenção no trecho entre as estações Vilarinho e Novo Eldorado. Já na Linha 2 o pacote prevê a implantação, operação e manutenção da Linha 2, a partir da estação Nova Suíça da Linha 1. Na Linha 3, por fim, estão previstos a operação e manutenção do trecho entre as estações Savassi e Lagoinha e o detalhamento do projeto executivo das obras.

O prazo estimado para a execução das intervenções é de 30 anos a partir da assinatura do contrato. Vence a licitação quem oferecer a menor solicitação de contraprestação adicional à tarifa. A Setop-MG ainda não marcou a data para a sessão de abertura das propostas.

A minuta do edital pode ser consultada no site do órgão. Sugestões e comentários devem ser enviados para o e-mail metrormbh@transportes.mg.gov.br até o dia de 10 de janeiro do próximo ano.

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Reunião com o consórcio CAF- Alstom dá largada ao fornecimento dos trens para Belo Horizonte

21/01/2013 - CBTU

Representantes da CBTU e do consórcio CAF-Alstom estiveram reunidos para acertar detalhes do contrato de fornecimento dos dez novos trens que vão ampliar a capacidade de transporte da CBTU Belo Horizonte. O contrato passa de R$ 171,9 milhões e a entrega do primeiro trem está prevista para o segundo semestre de 2014.

O chefe de projetos da CAF, o espanhol Asier Berzosa, destacou que há a possibilidade de antecipação da entrega, em até três meses, dentro do prazo previsto no contrato, desde que não ocorram grandes modificações no projeto do trem fornecido para a Superintendência de Recife.

Segundo Asier Berzosa, a CBTU está adquirindo o que há de mais moderno no mercado ferroviário e a entrega antecipada será um desafio para o consórcio, mas que a indústria nacional tem todas as condições de cumprir. "Agora, é arregaçar as mangas e trabalhar pesado, contando sempre com a rapidez da equipe da CBTU nas avaliações durante a produção", conclui.

Apesar de ser espanhol, o consórcio possui fábrica em São Paulo, facilitando o contato entre a CBTU em Belo Horizonte e a CAF-Alstom. Equipamentos como os truques ficarão a cargo da CAF Espanha, já que o sistema ATC será fabricado pela Alstom, em São Paulo, e a construção estrutural e montagem geral serão realizadas na nova fábrica da CAF, em Hortolândia. O analista técnico e gestor do contrato pela CBTU, Rossinélio Fonte, destacou que o processo mobilizou diferentes áreas da CBTU e demandou esforços dos campos técnico e político. Enfatizou ainda o fato de que os trens serão fabricados no Brasil e com pelo menos 60% de componentes nacionais, gerando um estímulo à indústria nacional e facilitando o processo de manutenção das composições e a nacionalização de componentes. Durante a reunião, o fiscal do contrato, Francisco Lopes, pontuou as principais necessidades da Companhia e avaliou como favoráveis os primeiros contatos com a CAF. "Essa abertura de diálogo é favorável para que consigamos sucesso neste cronograma, nosso encontro foi muito positivo".

Os novos trens da CBTU em Belo Horizonte terão ar condicionado automatizado, monitor de CFTV (Circuito Fechado de Televisão), revestimento resistente ao fogo, baterias com capacidade para manter o sistema elétrico de segurança em funcionamento por, no mínimo, cinco horas, dispositivos de comunicação multimídia, sistema eletrônico de monitoramento, sistema de comunicação móvel de voz e dados, frenagem automática em emergências, sistemas sonoros de emissão de mensagens pré-gravadas, entre outras comodidades que vão facilitar o dia a dia dos usuários e garantir a segurança da operação comercial.

Embarque facilidado:

No que tange à acessibilidade, as composições receberão piso antiderrapante, assentos preferenciais, banco para obesos e portas com rampa retrátil que facilitarão o embarque e desembarque de cadeirantes e de pessoas com mobilidade reduzida.

Fonte: IMPRENSA CBTU BELO HORIZONTE
Publicada em:: 21/01/2013

Prefeitura de Belo Horizonte quer investir R$ 20 milhões em nova linha do metrô

26/08/2013 - Hoje em Dia - BH

O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), pretende utilizar os R$ 20 milhões disponibilizados pelo governo do Estado a obras viárias para contratar o projeto executivo da linha do metrô Savassi-Belvedere.

Segundo o prefeito, as conversas sobre o assunto estão adiantadas com a Metrominas, empresa ligada à Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), e em Brasília. Até amanhã poderá haver novidades sobre a viabilidade da proposta.

"Junto ao governo do Estado apresentamos diversas soluções para a cidade em termos de corredores de ônibus, de BRT, inclusive de ônibus metropolitano, e apresentamos então o ramal Savassi-Belvedere, ao custo de R$ 1,5 bilhão. Tive contato com Brasília sobre isso. Segunda ou terça-feira teremos novidades", disse o prefeito em entrevista à rádio 'Itatiaia'.

Lacerda disse também que a transferência dos ativos do metrô da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) à Metrominas, que delegará a administração e operação do metrô à iniciativa privada por meio de parceria público privada (PPP), pode ser resolvida "rapidamente", depois que for finalizada a auditoria técnica na CBTU.

"Para que seja feita a PPP, é preciso que o governo passe os ativos da CBTU para a Metrominas. Não aconteceu ainda, mas isso se faz rapidamente tendo uma questão política. Há alguns detalhes jurídicos. É preciso que o governo federal termine uma auditoria técnica na CBTU. Estamos dentro do cronograma ainda".

Transportes

A PBH participa, na manhã desta segunda-feira, da audiência pública na Câmara Municipal sobre o transporte público na capital. A reunião foi um dos pedidos dos manifestantes que ocuparam a CMBH por duas vezes, na última semana de junho e no início deste mês.

Conforme publicado pelo Hoje em Dia ontem, a Câmara passará a regular a entrada de visitantes na Casa e, com isso, os manifestantes terão que se identificar ao entrar no prédio. Os ativistas vão encontrar uma mudança no saguão principal do local, onde foram instaladas divisórias para as salas da Ouvidoria.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

CBTU Belo Horizonte firma novo recorde de passageiros: o sexto de 2013

21/11/2013 - CBTU

A CBTU Belo Horizonte firmou um novo recorde de passageiros, transportando 268.981 pessoas na última quinta-feira (14/11), véspera do feriado da Proclamação da República. Foram cerca de 12.500 passageiros a mais que no recorde anterior, registrado em 21 de junho de 2013, quando o Metrô atendeu 256.424 usuários/dia.

O atual recorde diário é cerca de 20% maior que a média de passageiros registrada nos dias típicos de outubro de 2013 e já é o sexto alcançado este ano. O aumento da produtividade do sistema justifica-se tanto pela preferência do consumidor, como também em razão da rapidez da viagem, dos grandes congestionamentos espalhados pela cidade e de um menor custo tarifário apresentado pelo Metrô, o que acaba beneficiando a população e ampliando o acesso ao transporte público na capital.

Para o superintendente da CBTU-Belo Horizonte, Jorge Vieira, o crescimento do número de passageiros é um desafio à operação e uma demonstração clara de que novos investimentos no transporte sobre trilhos da capital são bem-vindos. "Temos nos esforçado ao máximo para atender à elevação do número de passageiros, seja aumentando a disponibilidade de frota no pico ou tomando medidas gerenciais para a otimização da oferta, tais como o desenvolvimento de testes para a circulação de trens acoplados. A cada dia, o usuário demonstra sua preferência pelo Metrô e isso só reforça a importância do sistema sobre trilhos para Belo Horizonte e a essencialidade dele no contexto da mobilidade urbana."

Elevação mensal

O recorde diário de passageiros nas estações, na última quinta (14/11) foi antecedido pela elevação sucessiva do número de pessoas transportadas mensalmente pelos trens. Em outubro de 2013, o metrô já tinha firmado um novo recorde mensal do número de embarques que chegou a quase 6 milhões de usuários/mês.

No detalhamento da demanda acumulada por estação, Eldorado é a unidade que registra o maior volume de passageiros, seguida de perto pelas estações Vilarinho e Central.


Fonte: CBTU
Publicada em:: 21/11/2013

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Ordem no metrô de BH era economizar para sobrar dinheiro para Recife

02/12/2013 - O Estado de Minas

Nem os recursos para pagar funcionários do Metrô de BH escapavam. CBTU nega privilégio ou prejuízo para a capital mineira

Por Mateus Parreiras e Valquiria Lopes

A necessidade de fazer transferências de recursos do Metrô de Belo Horizonte para o do Recife se sobrepunha até aos pagamentos a fornecedores, segundo informações de uma pessoa ligada à diretoria da Superintendência da CBTU em Minas Gerais. "Se a gente reservava o recurso para pagar os funcionários, o Rio de Janeiro (sede administrativa da CBTU) ligava mandando cancelar, dizendo que assim não sobrariam verbas para mandar para o Recife. Não existe isso de compensação por processo. É tudo político, porque Recife tem muita influência na sede", conta esse funcionário, que concordou em falar o que sabe na condição de não ter seu nome revelado por medo de ter a carreira prejudicada.

Criado em 1986, o Metrô de BH conta até hoje apenas com a Linha 1, Vilarinho-Eldorado, que transporta 7.801 passageiros por quilômetro, contra 5.696 usuários por quilômetro das duas linhas do metrô do Recife. "O metrô de BH tem a maior taxa de cobertura. A tarifa recupera 60% do que é gasto. No Recife, a taxa de cobertura é muito baixa. A integração paga só o ônibus. Por essas questões políticas é que se faz um sistema social, só que não se pode fazer isso às custas da operação de outra cidade com sérios problemas sociais como BH", disse o funcionário.

O vice-presidente do Sindicato dos Metroviários, Romeu José Machado Neto, reforça a opinião de que Recife tem recebido mais investimentos por decisão política. "O lobby aqui é dos rodoviários. Investimentos para o metrô não ocorrem há vários anos. É só manutenção e a cada ano que passa os recursos são mais escassos", afirma. "Essa é a política definida pelo governo federal, principalmente porque estão passando o metrô para a Metrominas. Estamos começando o sucateamento. São feitos pedidos de compra e de equipamentos, que, se o governo entende que é investimento, corta. Só se gasta com o essencial, com manutenção."

De acordo com a CBTU, "nenhuma superintendência é superavitária. Todas, em maior ou menor grau, dependem de recursos da União para custear suas operações (incluindo despesas de pessoal) e investimentos". Ainda de acordo com a companhia, "o fato de uma superintendência transferir recursos para outra faz parte do planejamento empresarial da CBTU e não indica nenhum tipo de benefício ou prejuízo decorrente".

Fonte: O Estado de Minas Gerais

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Espera no metrô de BH é maior entre principais linhas do país

28/10/2013 - O Tempo

Durante o percurso feito pela reportagem, na semana passada, o tempo de intervalo entre um metrô e outro chegou a 6 min


Por Luciene Câmara

Qualquer semelhança com um trem metropolitano não é mera coincidência. Além da aparência antiga dos vagões, o metrô de Belo Horizonte tem o maior tempo de espera entre uma composição e outra nos horários de pico em comparação com os outros cinco os principais serviços do país – São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Recife e Porto Alegre. Os usuários mineiros ficam entre 4 min a 7 min esperando o embarque nos momentos de maior movimento, o que é diferente dos modernos sistemas adotados em São Paulo e no Rio de Janeiro, onde o intervalo entre viagens gira em torno de 2 minutos.

O metrô mais demorado depois do de Belo Horizonte é Recife, onde o tempo de espera é de 5 min durante o pico. Já nos demais horários, a capital mineira fica em terceiro lugar entre os que têm maior intervalo, com 10 min, atrás apenas de Recife, com 15 min, e Brasília, com 14. "A frota é muito antiga. Se tivéssemos uma modernização, a espera seria menor", disse a presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro), Alda Lúcia dos Santos.

Velocidade. A lentidão também é observada no ritmo empregado pelo metrô ao longo do trajeto, segundo engenheiros em transporte. A velocidade comercial – que é a velocidade média para a composição percorrer toda a linha, incluindo as paradas – gira em torno de 40 a 45 km/h nas maiores redes de metrô do Brasil e do mundo, segundo o professor do departamento de engenharia de transportes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Dimas Gazolla.

Já a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que administra o metrô da capital mineira, informou, em nota, que a velocidade média da composição é de 38 km/h e que o tempo gasto para se fazer o percurso de 28,1 km da linha 1 – da estação Vilarinho à estação Eldorado – é de 44 min.

Porém, a reportagem de O TEMPO percorreu o trajeto completo da linha 1 e gastou 53 min – sem que houvesse qualquer parada atípica –, o que corresponde a uma média de 31,8 km/h. O mesmo ritmo foi observado nas demais viagens nos horários de pico. "O metrô da capital não consegue atingir uma velocidade maior porque não tem tecnologia de metrô, como dispositivo avançado de segurança, que permite a frenagem rápida em casos de acidente. Do ponto de vista técnico, ele é um trem urbano", afirmou Gazolla.

Na prática. Durante o percurso feito pela reportagem, na semana passada, o tempo de intervalo entre um metrô e outro chegou a 6 min – às 7h36 saiu uma composição e só às 7h42 saiu a seguinte, na estação Vilarinho. Em outros momentos de pico, a espera girou entre 4 e 6 min. Já nos demais horários, a reportagem chegou a ficar 14 min aguardando o trem na estação Central – também sem que houvesse qualquer aviso de pane aos usuários –, o que lotou a plataforma.

A CBTU informou que a frota atual é de 25 trens, e a última renovação ocorreu em 2001. Cada composição comporta 1.026 passageiros. Por dia, o metrô transporta 230 mil pessoas.

Quanto à velocidade média, a companhia alega que o ritmo é semelhante a dos outros sistemas brasileiros, podendo ser até maior que a do metrô de São Paulo, "que opera com uma velocidade comercial de 33 km/h na linha Azul". Já o metrô de São Paulo informou as composições transitam, no mínimo, a 40 km/h.

Melhorias

Reforço. Em julho deste ano, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) implantou duas viagens a mais por sentido, no horário de maior movimento – entre 18h e 19h, o que aumentou em 20% a capacidade.

Novos. A partir do segundo semestre de 2014, dez novos trens começam a circular na capital, e, com isso, a meta é reduzir o intervalo entre viagens e aumentar a velocidade máxima para 90 km/h.

Estudo. A CBTU informou que está fazendo, ainda, testes para checar se é possível circular com trens acoplados durante o pico.

Levantamento

Dados. O Ministério das Cidades está elaborando um banco de dados sobre a qualidade e o desempenho dos metrôs do país e outros serviços de transporte público. Ainda não há data para divulgação.

Fonte: O Tempo - MG

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Metrô mineiro está desde 2007 sem qualquer investimento

02/12/2013 - Estado de Minas

Durante cinco anos, o Metrô de Belo Horizonte repassou verbas para a Superintendência do Recife, que chegou a R$ 54 milhões

Por Mateus Parreiras

A remessa constante de recursos provenientes do Metrô de Belo Horizonte para a Superintendência do Recife, que chegou a R$ 54 milhões em cinco anos, poderia ter financiado reformas e investimentos em mais segurança e conforto para os usuários da capital mineira. É o que aponta o Sindicato dos Metroviários, que entende esse processo ser parte do descaso da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) com o Metrô de BH, que será estadualizado nos próximos anos. Não é difícil ver o sucateamento das 19 estações ao longo dos 28,5 quilômetros de trilhos entre Venda Nova e o Eldorado, em Contagem. Ao percorrer todas essas instalações na semana passada, a reportagem do Estado de Minas constatou um cenário de abandono em algumas delas, que estão repletas de goteiras e não têm equipamentos básicos de segurança.

Ao todo foram contabilizadas 21 goteiras nos telhados das estações, 15 telefones públicos que não funcionavam, 11 extintores de incêndio vencidos ou inoperantes e quatro compartimentos para mangueiras sem os equipamentos. Uma das situações piores é a da Estação Minas Shopping, no Bairro União, Região Nordeste de BH. Apesar de atender uma região que conta com hotéis e um shopping, além de estar no caminho para o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, a estrutura não conta com mapas para orientar os usuários sobre o entorno. Quatro painéis que costumavam exibir essas informações estavam vazios. Um dos telefones públicos instalados no local não funciona e outro foi arrancado e não substituído, restando apenas o suporte metálico numa das pilastras de concreto.

Portadores de baixa visão também não contam com o auxílio de piso podotátil para orientar seu deslocamento e o acesso aos trens. Da mesma forma, a segurança não parece ser uma das principais preocupações da estação, já que dois extintores de incêndio se encontravam despressurizados, ou seja, não seriam efetivos no combate a chamas. Um terceiro equipamento, de pó químico, específico para apagar o fogo causado por equipamentos elétricos e cuja presença nas dependências do metrô é obrigatória, não estava sequer pendurado na pilastra que tinha a etiqueta que alerta para a presença do equipamento.

Várias outras estações apresentaram deficiências de segurança como essa. Na de Santa Inês, na Região Leste de BH, os dois compartimentos para mangueiras de combate a incêndio das plataformas estavam vazios. Na Estação São Gabriel, que faz integração com os sistemas de ônibus municipais e metropolitanos e onde será feita a integração com a futura rodoviária da capital mineira, também faltam equipamentos e há falhas na operação que causam insegurança. Uma das mangueiras de combate a incêndio não estava na caixa de metal reservada para o equipamento.

Funcionários que cuidam da estocagem de insumos como papéis higiênicos e toalha e galões de produtos químicos de limpeza usaram parte da plataforma para amontoar esses produtos, bloqueando o extintor de incêndio e um dos painéis com mapa de orientação das linha e dos arredores da estação.

O próprio relatório produzido no ano passado pela Metrominas, empresa formada pelo estado e pelas prefeituras de BH e Contagem para implantar e operar o metrô, afirma categoricamente que todas as estações terão de sofrer adaptações, sendo "necessária sua atualização. Para melhorar o equipamento e o desempenho da Linha 1 do Metrô BH, a execução de intervenções planejadas, mas ainda não implantadas, é imprescindível".

Memória

Antiga linha de carga

O metrô de BH foi implantado em agosto de 1986 e ainda tem apenas uma linha, a Vilarinho-Eldorado, construída a partir do leito da antiga linha de carga existente desde a fundação de Belo Horizonte, que cortava a cidade de leste a oeste. De acordo com o diagnóstico da licitação para a parceria público-privada feita pela Metrominas, "essa limitação no traçado básico, somada ao fato de as estações terem sido construídas, sem considerar o planejamento urbano, em locais inadequados e sem continuidade com o tecido urbano adjacente, gera problemas de acessibilidade para a população em geral e, principalmente, aos portadores de necessidades especiais". Nesses 27 anos, melhorias foram agregadas à Linha 1, como a implantação das estações Vila Oeste e a Minas Shopping, modificações de concepção da Estação José Cândido e extensão da linha até o Vilarinho.

Fonte: O Estado de Minas Gerais

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Por cinco anos, Metrô de Belo Horizonte fez repasses de recursos ao sistema de Recife

02/12/2013 - Em.com.br

Ao todo, foram repassados R$ 54 milhões ao sistema do Recife, que, além de mais extenso, tem tarifa mais barata

Mateus Parreiras
Valquiria Lopes

Metrô mineiro está desde 2007 sem qualquer investimento em conforto e segurança para os passageiros  (Gladyston Rodrigues/EM/D.A.Press)
Metrô mineiro está desde 2007 sem qualquer investimento em conforto e segurança para os passageiros  (Gladyston Rodrigues/EM/D.A.Press)

Desde 2007 sem obras de ampliação, inclusão de trens, investimentos em conforto e em segurança, o Metrô de Belo Horizonte ainda teve de fazer repasses anuais ao sistema do Recife (PE), que é maior e tem tarifa mais barata que a mineira, de R$ 1,60 contra R$ 1,80. Desde 2009, a transferência de recursos diversos originários do orçamento, da operação e da arrecadação da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) em BH para a Metrorec, da capital pernambucana, somou quase R$ 54 milhões. A informação foi repassada ao Estado de Minas via Lei de Acesso à Informação, pela própria CBTU. Para ter uma ideia da importância desse montante, as obras da Linha 2 (Barreiro-Calafate) com extensão de 10,5 quilômetros consumiram R$ 58 milhões com a execução de 16% das desapropriações e 38% das obras civis, de 1998 até 2004, quando foram paralisadas.

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Não é a primeira vez que a política federal beneficia Pernambuco e gera suspeitas de privilégio. Em 2011, o estado recebeu R$ 98 milhões para projetos de prevenção, quase metade de toda a verba para ações desse tipo repassada pela Secretaria Nacional de Defesa Civil aos estados, de R$ 216 milhões, segundo dados do Ministério da Integração Nacional. O então ministro da pasta, Fernando Bezerra Coelho, que é pernambucano, negou na época que a ação fosse política. Em 2006, ainda no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o investimento de R$ 275 milhões no Aeroporto Internacional de Guararapes, na capital de Pernambuco, estado natal do presidente, também gerou discussão nos estados que vinham pedindo mais investimentos da Infraero, antes dos pacotes acertados pelo PAC da Copa.

Fontes ligadas à Superintendência da CBTU em BH informaram que os repasses entre a capital mineira e o Recife cumprem interesses políticos e são ordenados pela administração central, sediada no Rio de Janeiro. De acordo com a CBTU, o motivo de tantas transferências de recursos ao Recife foi "devido ao volume de bloqueios judiciais da receita da superintendência do Recife, sendo, portanto, atípica" e não seria ilegal, uma vez que o caixa da companhia é único. A empresa, porém, não soube informar quais investimentos foram prejudicados em BH por esse motivo.

A companhia não conseguiu explicar, também, quais seriam as ações judiciais que bloquearam os recursos pernambucanos nem se haviam congelado os recursos correntes em cada um dos cinco anos em que as transferências foram feitas. A reportagem do EM identificou apenas uma dessas ações, a Representação 027.622/2009-3, baseada em denúncia do Ministério Público de Pernambuco ao Tribunal de Contas da União (TCU), no fim de 2009, contra a "formação de cartéis em licitações da CBTU de Recife", O processo foi encerrado em 2011. Foi justamente em 2009 que ocorreu a maior remessa de verbas, de R$ 30,8 milhões. No ano seguinte, houve outra grande transferência, de R$ 17,9 milhões.

Transparência 

As movimentações de recursos entre as superintendências provocaram estranhamento até da Controladoria Geral da União (CGU), que, ao repassar os dados pela Lei de Acesso à Informação, constatou que as transações não constavam do banco de dados da transparência. "No que tange aos contratos das STUs BH e Recife há uma defasagem de informações, caso que não ocorre na administração central e demais STUs", informou a CGU, que ainda apontou: "Por alguma razão alheia ao nosso conhecimento (as informações das transferências de valores) não foram inseridas no sistema, fato que já solicitamos correção aos responsáveis pelo Portal da Transparência".

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Gestora pública do metrô em BH acumula prejuízo de R$ 14 mi

24/11/2013 -  Estado de Minas

Levantamento da Trem Metropolitano de Belo Horizonte (Metrominas) revela que o governo federal ainda não liberou nem um centavo do R$ 1 bilhão prometido pela presidente Dilma Rousseff para obras de ampliação do metrô da capital. E pior: em razão da promessa de recursos, a Metrominas amarga hoje um prejuízo de R$ 14 milhões relativos a compromissos firmados, como a sondagem de terreno iniciada em 2012 e projetos técnicos para ampliação das linhas do trem. De acordo com a empresa, R$ 53 milhões deveriam ter sido liberados de imediato, mas até agora nem sinal do dinheiro. Sem os recursos, as tão sonhadas novas linhas não saem do papel.

A paralisação do trem mineiro por falta de investimento contrasta com o volume de recursos investidos em outras capitais no país. Em Porto Alegre, o governo federal liberou, entre 2011 e 2012, R$ 681 milhões. Ou seja, a capital gaúcha recebeu 34.000% a mais de recursos empenhados do que Belo Horizonte, que no mesmo período amealhou R$ 2 milhões. Não foi apenas Porto Alegre que recebeu injeções de recursos. Em Fortaleza (CE) foram investidos R$ 188 milhões; em Recife (PE), R$ 121 milhões; e Salvador (BA) ficou com R$ 124 milhões.

As generosas aplicações de recursos no trem de Porto Alegre viabilizaram a sua expansão até Novo Hamburgo, a 43 quilômetros da capital, com 9,3 quilômetros de novas linhas, além de quatro estações. Desde 2008, o governo federal investiu R$ 953 milhões na capital gaúcha, possibilitando a nova configuração do transporte na cidade e sua região metropolitana. A Metrominas – empresa pública criada para gerir o trem metropolitano e que tem 55% de participação do governo de Minas, 35% da Prefeitura de Belo Horizonte e 10% da Prefeitura de Contagem – apurou que recursos aplicados em 2005 se destinaram apenas à adequação da Linha 1 do metrô, em operação desde 2002.

NO PAPEL

No cronograma apresentado em setembro de 2011, após passagem da presidente Dilma por BH, foram anunciados investimentos para a expansão do metrô: R$ 1 bilhão do Orçamento Geral da União, R$ 1,1 bilhão da iniciativa privada e R$ 1,4 bilhão da prefeitura e do governo estadual. A previsão era de que a abertura das licitações seriam feitas até meados de 2012 e, já no segundo semestre, começariam as obras na Linha 1 (Eldorado/Vilarinho). A construção das linhas 2 (Barreiro/Calafate) e 3 (Savassi/Lagoinha) teve início previsto para 2016.

O metrô de BH foi anunciado pela primeira vez ainda na década de 1960, mas só nos anos 1980 a promessa começou a sair do papel. A entrega da Linha 1 era prevista para 1983, mas só em 1986 trecho de 12,5 quilômetros começou a funcionar. Em 2002, a linha foi concluída até a Estação Vilarinho. Desde então foram vários "agora vai", mas nenhuma promessas saiu do papel.

Projetos municipais atrasam

Mais de 90% das cidades mineiras nem sequer iniciaram os estudos para a elaboração do Plano Municipal de Mobilidade Urbana, uma das exigências estabelecidas pela Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU). A estimativa é do Fórum Técnico de Mobilidade Urbana, instalado pela Assembleia Legislativa. Afogadas em uma série de obrigações para as quais se queixam da falta de recursos, as prefeituras dificilmente vão conseguir atender o prazo legal de abril de 2015 para apresentar o planejamento efetivo do sistema de transportes e de infraestrutura viária para a circulação de pessoas e cargas.

Assim como foram aprovados 90% dos planos diretores das cidades do estado em 2006, há grave risco de que também os planos de mobilidade sejam empurrados para a última hora e se tornem apenas projetos sem consistência, só para evitar a penalidade prevista: o impedimento de receber qualquer recurso federal para mobilidade urbana. "Se ficarem para a última hora, os planos correm sério risco de não ter qualquer eficácia", afirma o deputado estadual Paulo Lamac (PT), coordenador do fórum técnico.

A preocupação se justifica. Em Minas são 472 cidades com previsão legal para a exigência: têm mais de 20 mil habitantes, ou estão em áreas metropolitanas, ou são turísticas, ou receberão grandes obras do tipo aeroportos, rodoviárias, com impacto ambiental. Dessas, apenas 232 têm um plano diretor, que é condição para o início do planejamento do sistema de transportes e de infraestrutura viária. Poucas, no entanto, aprovaram um projeto que de fato representou as realidades locais e um planejamento de crescimento sustentável. "A maior parte tem planos diretores formais – não efetivos – elaborados por técnicos que nunca estiveram nas cidades", avalia Lamac.

Em Bom Despacho, cidade de 45.624 habitantes na Região Centro-Oeste, o prefeito Fernando Cabral (PPS), em primeiro mandato, registra o problema, considerado o primeiro empecilho para um projeto de mobilidade urbana: "Temos um Plano Diretor genérico, que não tem significado prático. É uma declaração de boas intenções. É formal, foi apenas para atender uma exigência legal". Outros prefeitos fazem coro. "O nosso Plano Diretor foi cópia de outro. Precisamos fazer a readequação, pois há vários problemas na cidade e muita coisa não funciona por falta desse planejamento", afirma Paulinho Despachante, prefeito de Lagoa da Prata, na Região Central, que tem 45.999 habitantes.

Planos diretores sem efetividade tornam as cidades ainda mais distantes da exigência legal de um projeto de mobilidade urbana: apenas um quarto dos 232 municípios mineiros promovem, neste momento, a revisão das normas. E entre as 240 cidades que nem sequer têm Plano Diretor, só 27% estão empenhadas em elaborá-los.

Preocupação

Se ter Plano Diretor efetivo é raridade, mais difícil ainda é encontrar municípios onde os prefeitos estejam envolvidos com os planos de mobilidade urbana, observa Paulo Lamac. Das 472 cidades mineiras que terão de se mexer para planejar o sistema de transporte e de infraestrutura viária, 367 (78%) nem sequer têm conselhos municipais de Política Urbana. Nesse contexto, não causa espanto a estimativa de Paulo Lamac: menos de 10% se debruça sobre os planos de mobilidade urbana neste momento.

Durante nove dos 11 encontros regionais já realizados pela assembleia no estado para apresentar a questão aos prefeitos e oferecer apoio técnico, há mais vereadores e representantes da sociedade civil presentes do que dos Executivos. "Isso sinaliza que as prefeituras não estão com foco nos planos de mobilidade urbana. Talvez vão deixar para encarar o problema só em cima da hora", acrescenta Paulo Lamac.

Prefeituras listam outras prioridades

A falta de políticas públicas para transporte de massa e mobilidade urbana, aliada a tarifas cada vez mais caras, provocou uma queda de cerca de 30% na utilização do transporte público no Brasil nos últimos 10 anos, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Em algumas cidades, dependendo do trajeto, sai mais barato usar moto ou carro do que o ônibus. Em outras, há ausência total de transporte público. Nesse contexto, a frota de carros aumenta.

Para desestimular a corrida ao transporte individual, vigora, desde abril de 2012, a Lei 12.587, que institui as diretrizes para a Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU). Apesar da lei, a maior parte dos prefeitos tem outra agenda em mente. Em Bom Despacho, o prefeito Fernando Cabral (PPS) enumera os problemas que precisa enfrentar antes da mobilidade urbana. "Temos de acabar com o lixão, fazer um plano de tratamento de resíduos sólidos e um plano de saneamento básico. No caso do lixão, o investimento é particularmente alto", considera Cabral. "Estou a par do Plano de Mobilidade Urbana, mas antes dele vamos ter de repensar o nosso plano diretor, que é inútil", afirma.

Por causa de seus problemas de mobilidade muito específicos, inclusive agravados pelo fato de, como cidade histórica que completará 300 anos, as vias projetadas não suportarem mais o tráfico pesado, Caeté, na Grande BH, está entre as poucas cidades que neste momento começam a trabalhar o seu Plano de Mobilidade Urbana. "Temos dificuldades de mobilidade terríveis", diz o prefeito José Geraldo de Oliveira Silva (PDT). "Infelizmente, nosso Plano Diretor foi feito para cumprir prazo, sem preocupação de planejar a cidade. Então, estamos trabalhando na revisão dele e, ao mesmo tempo, instalando o Conselho Municipal de Mobilidade Urbana, para que a discussão seja articulada".

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Tempo de espera no metrô de BH é a maior entre principais linhas do país

28/10/2013 - O Tempo

Qualquer semelhança com um trem metropolitano não é mera coincidência. Além da aparência antiga dos vagões, o metrô de Belo Horizonte tem o maior tempo de espera entre uma composição e outra nos horários de pico em comparação com os outros cinco os principais serviços do país – São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Recife e Porto Alegre. Os usuários mineiros ficam entre 4 min a 7 min esperando o embarque nos momentos de maior movimento, o que é diferente dos modernos sistemas adotados em São Paulo e no Rio de Janeiro, onde o intervalo entre viagens gira em torno de 2 minutos.


O metrô mais demorado depois do de Belo Horizonte é Recife, onde o tempo de espera é de 5 min durante o pico. Já nos demais horários, a capital mineira fica em terceiro lugar entre os que têm maior intervalo, com 10 min, atrás apenas de Recife, com 15 min, e Brasília, com 14. "A frota é muito antiga. Se tivéssemos uma modernização, a espera seria menor", disse a presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro), Alda Lúcia dos Santos.

Velocidade. A lentidão também é observada no ritmo empregado pelo metrô ao longo do trajeto, segundo engenheiros em transporte. A velocidade comercial – que é a velocidade média para a composição percorrer toda a linha, incluindo as paradas – gira em torno de 40 a 45 km/h nas maiores redes de metrô do Brasil e do mundo, segundo o professor do departamento de engenharia de transportes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Dimas Gazolla.

Já a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que administra o metrô da capital mineira, informou, em nota, que a velocidade média da composição é de 38 km/h e que o tempo gasto para se fazer o percurso de 28,1 km da linha 1 – da estação Vilarinho à estação Eldorado – é de 44 min.

Porém, a reportagem de O TEMPO percorreu o trajeto completo da linha 1 e gastou 53 min – sem que houvesse qualquer parada atípica –, o que corresponde a uma média de 31,8 km/h. O mesmo ritmo foi observado nas demais viagens nos horários de pico. "O metrô da capital não consegue atingir uma velocidade maior porque não tem tecnologia de metrô, como dispositivo avançado de segurança, que permite a frenagem rápida em casos de acidente. Do ponto de vista técnico, ele é um trem urbano", afirmou Gazolla.

Na prática. Durante o percurso feito pela reportagem, na semana passada, o tempo de intervalo entre um metrô e outro chegou a 6 min – às 7h36 saiu uma composição e só às 7h42 saiu a seguinte, na estação Vilarinho. Em outros momentos de pico, a espera girou entre 4 e 6 min. Já nos demais horários, a reportagem chegou a ficar 14 min aguardando o trem na estação Central – também sem que houvesse qualquer aviso de pane aos usuários –, o que lotou a plataforma.

A CBTU informou que a frota atual é de 25 trens, e a última renovação ocorreu em 2001. Cada composição comporta 1.026 passageiros. Por dia, o metrô transporta 230 mil pessoas.

Quanto à velocidade média, a companhia alega que o ritmo é semelhante a dos outros sistemas brasileiros, podendo ser até maior que a do metrô de São Paulo, "que opera com uma velocidade comercial de 33 km/h na linha Azul". Já o metrô de São Paulo informou as composições transitam, no mínimo, a 40 km/h.

Melhorias

Reforço. Em julho deste ano, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) implantou duas viagens a mais por sentido, no horário de maior movimento – entre 18h e 19h, o que aumentou em 20% a capacidade.

Novos. A partir do segundo semestre de 2014, dez novos trens começam a circular na capital, e, com isso, a meta é reduzir o intervalo entre viagens e aumentar a velocidade máxima para 90 km/h.

Estudo. A CBTU informou que está fazendo, ainda, testes para checar se é possível circular com trens acoplados durante o pico.

Levantamento

Dados. O Ministério das Cidades está elaborando um banco de dados sobre a qualidade e o desempenho dos metrôs do país e outros serviços de transporte público. Ainda não há data para divulgação.

Por Luciene Câmara
Informações: O Tempo

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Novos trens do metrô de BH terão ar condicionado e rampas para cadeirantes

15/11/2012 - Estado de Minas

Envelopes da licitação foram abertos no dia 09; investimento será de R$ 171 mi. Empresas vencedoras fabricaram em 2011 o Série 7500 para a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos; Trens de BH devem seguir o mesmo padrão

O consórcio composto pela empresa espanhola CAF e pela francesa Alstom foi vencedor da licitação para o fornecimento dos dez novos trens que integrarão a frota do Metrô de Belo Horizonte. A previsão é de que as novas composições comecem a operar em 2014, já que o consórcio terá até 21 meses, a partir da assinatura do contrato, para fornecer o primeiro trem, e mais oito meses para entregar os demais.

Os novos trens terão capacidade para atender até 1300 passageiros por viagem e serão fabricados em caixas de aço inox, podendo acelerar a uma velocidade máxima de 90km/h. O interior dos veículos terá ar refrigerado, revestimento resistente ao fogo e baterias com capacidade para manter o sistema elétrico de segurança em funcionamento por, no mínimo, cinco horas.

Acessibilidade
As novas composições vão contar com piso antiderrapante, assentos preferenciais, banco para obesos e portas com rampa retrátil que facilitarão o embarque e desembarque de cadeirantes e de pessoas com mobilidade reduzida.

Investimento
A licitação foi realizada pelo Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC) e seguiu o decreto 7.812/12, que estabelece a aplicação de margem de preferência de 20% para a produção nacional em licitações da administração pública federal para aquisição de veículos para vias férreas. O valor de aquisição das novas composições foi de R$ 171 milhões e 970 mil, considerando o valor global da licitação.

Fonte: O Estado de Minas

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Presidente Dilma diz que vai investir mais em metrô de Belo Horizonte

24/10/2013 - G1 MG

Governo acrescentou R$ 50 bilhões em recursos para mobilidade no país. Presidente concedeu entrevista a uma rádio mineira nesta quinta-feira(24)

Flávia Cristini
 
Avenida Antônio Carlos, em obras para receber o BR
Avenida Antônio Carlos, em obras para receber o BRT
créditos: Paulo Pilgueiras / EM
 
A presidente Dilma Rousseff afirmou que anunciará novos investimentos para o metrô de Belo Horizonte e que, para isso voltará a Minas Gerais nos próximos dias. A declaração foi dada na manhã desta quinta-feira (24), durante entrevista à Rádio Itatiaia. Os recursos vão ser destinados por meio do pacto de mobilidade.

"Apesar de o governo federal ter investido R$ 90 bilhões em mobilidade urbana desde que eu entrei no governo, nós fizemos no pacto um adicional. Quando criamos o pacto pela mobilidade urbana reconhecemos que as cidades, principalmente, as grandes capitais metropolitanas do nosso país tinham de receber mais recursos, e o governo federal se dispôs a acrescentar R$ 50 bilhões", disse. Segundo a presidente, parte dos R$ 50 bilhões vai ser destinada a Minas Gerais, além dos 5,4 bilhões já repassados, e novos investimentos podem ser feitos, desde que haja projetos.

O pacto de mobilidade foi citado pela presidente ao pontuar ações, que, segundo ela, atendem às reivindicações manifestadas nos protestos que se espalharam pelo país neste ano. A presidente citou que houve avanços na economia, nas áreas da saúde e educação.

"Do ponto de vista do governo, a nossa avaliação, e acho que é avaliação absolutamente baseada em fatos, em dados, uma avaliação objetiva, é que nós avançamos muito sim e cumprimos os fatos, inequivocadamente. Saúde com mais médicos, educação com a destinação dos royalties e do fundo social do pré-sal e mobilidade urbana estão avançando. E mais, fazendo o Brasil avançar, fazendo Minas Gerais avançar", disse Dilma.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Prefeitura de BH quer investir R$ 20 milhões em nova linha do metrô

26/08/2013 - Hoje em Dia

O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), pretende utilizar os R$ 20 milhões disponibilizados pelo governo do Estado a obras viárias para contratar o projeto executivo da linha do metrô Savassi-Belvedere.

Segundo o prefeito, as conversas sobre o assunto estão adiantadas com a Metrominas, empresa ligada à Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), e em Brasília. Até amanhã poderá haver novidades sobre a viabilidade da proposta.

"Junto ao governo do Estado apresentamos diversas soluções para a cidade em termos de corredores de ônibus, de BRT, inclusive de ônibus metropolitano, e apresentamos então o ramal Savassi-Belvedere, ao custo de R$ 1,5 bilhão. Tive contato com Brasília sobre isso. Segunda ou terça-feira teremos novidades", disse o prefeito em entrevista à rádio 'Itatiaia'.

Lacerda disse também que a transferência dos ativos do metrô da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) à Metrominas, que delegará a administração e operação do metrô à iniciativa privada por meio de parceria público privada (PPP), pode ser resolvida "rapidamente", depois que for finalizada a auditoria técnica na CBTU.

"Para que seja feita a PPP, é preciso que o governo passe os ativos da CBTU para a Metrominas. Não aconteceu ainda, mas isso se faz rapidamente tendo uma questão política. Há alguns detalhes jurídicos. É preciso que o governo federal termine uma auditoria técnica na CBTU. Estamos dentro do cronograma ainda".

Transportes

A PBH participa, na manhã desta segunda-feira, da audiência pública na Câmara Municipal sobre o transporte público na capital. A reunião foi um dos pedidos dos manifestantes que ocuparam a CMBH por duas vezes, na última semana de junho e no início deste mês.

Conforme publicado pelo Hoje em Dia ontem, a Câmara passará a regular a entrada de visitantes na Casa e, com isso, os manifestantes terão que se identificar ao entrar no prédio. Os ativistas vão encontrar uma mudança no saguão principal do local, onde foram instaladas divisórias para as salas da Ouvidoria.

Fonte: Hoje em Dia
Publicada em:: 26/08/2013

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Metrô/BH podem dobrar a capacidade de vagas em horário de pico

21/08/2013 - O Tempo

Experiência aconteceu nesta terça, com trens partindo das estações Minas Shopping, Eldorado e Vilarinho com o dobro de vagões acoplados

Por Bruna Carmona

Para tentar solucionar ou pelo menos diminuir o problema de superlotação no metrô da capital, foi testado na tarde desta terça-feira (20), um sistema pelo qual os trens rodarão acoplados, oferecendo aos usuários oito vagões, ao invés dos quatro que são oferecidos atualmente. Com isso, a capacidade de transporte de passageiros dos trens será ampliada para 2.052 passageiros, o dobro do normal.

De acordo com a diretoria do Sindimetro, a operação foi apelidada como "Limpa-Trilhos" e foi realizada, pela segunda vez, na tarde desta terça, como experiência. O objetivo é dobrar a capacidade dos trens para dar mais conforto aos passageiros. A medida está sendo estudada junto à Companhia  Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e, se constatada a viabilidade, deve ser adotada nos horários de pico.

No teste desta terça, um trem com oito vagões saiu da estação Minas Shopping e foi até a estação Eldorado, de onde seguiu para a estação Vilarinho e retornou para o Eldorado. Segundo a CBTU, o resultado da experiência foi considerado satisfatório, mas ainda não há uma data para que o sistema comece a funcionar.

Ainda segundo o Sindimetro, a nova medida não vai aumentar o tempo entre as viagens.

Fonte: O Tempo - Minas Gerais 

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Metrô/BH bate recorde e transporta o equivalente à população de Ipatinga

13/05/2013 - Estado de Minas

Marca revela que cidadãos tentam fugir do tráfego caótico optando por um serviço de estrutura obsoleta, que há anos exige modernização

Flávia Ayer

Em apenas um dia, uma quantidade de passageiros equivalente à população inteira de Ipatinga, no Vale do Aço, passou pelo metrô de Belo Horizonte. Mesmo sem a expansão, o sistema sobre trilhos atrai usuários e bateu recorde ao transportar 241.624 pessoas na última quarta-feira, 11 mil a mais do que a média diária de 230 mil embarques. A superação ocorreu uma semana depois de a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) ter registrado marca histórica de 237.001 usuários. Os recordes fazem parte de um contexto em que a adesão ao metrô cresceu quase 10% em abril, na comparação com o mesmo mês do ano passado, e, na avaliação da própria CBTU, reflete uma fuga do cidadão dos congestionamentos nas ruas e avenidas da capital.

Quem usa o sistema de transporte sente na superlotação o impacto desse crescimento, que não foi acompanhado por maior conforto e agilidade. Tanto que às 16h de sexta-feira, horário considerado fora do pico, o assunto na Estação Central, a terceira mais lotada entre as 19 do percurso, era somente o "empurra-empurra". "Antigamente não tinha essa quantidade de gente neste horário. Aqui é o seguinte: você tem que empurrar, porque senão não tem jeito de entrar", conta o vendedor Guilherme Damasceno, de 19 anos. Morador de Contagem, ele enfrenta o aperto para ir mais rápido para casa. "O ônibus fica agarrado no trânsito e você não sabe quando vai chegar", diz.

No mês passado, 5,7 milhões de passageiros embarcaram na Linha 1 – que percorre 28,2 quilômetros, do Eldorado, em Contagem, à Estação Vilarinho, em Venda Nova. O aumento foi de 9,6% em relação a abril do ano passado, quando 5,2 milhões de pessoas usaram o sistema. Nesse mesmo período, a frota de carros da capital cresceu 5,6%, salto de 1.455.588 para 1.537.871 de veículos. "A elevação sucessiva da demanda em BH, bem como o novo recorde, têm sido creditados a uma preferência natural do consumidor, que busca fugir dos vários congestionamentos provocados por obras viárias que vêm tumultuando o trânsito na cidade", informa a CBTU em nota.

Para o coordenador do Núcleo de Transportes (Nucletrans) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Ronaldo Gouvêa, os números reforçam a necessidade de incrementar o sistema, que atualmente tem a capacidade de transportar 26,6 mil passageiros em uma hora, segundo a CBTU. "Esse é um atestado de que o poder público já deveria ter investido no metrô para atender essa demanda. Com o crescimento, o risco é de a estrutura existente não suportar o número de passageiros. Parte desse aumento vem de pessoas que já não aguentam mais a Avenida Cristiano Machado, por exemplo. Quem começa a andar de metrô não volta para o transporte rodoviário", afirma.

Moradora de Santa Luzia, na Região Metropolitana de BH, Betânia Moreira, de 39, faz parte desse grupo que abandonou ruas e avenidas para dar preferência aos trilhos. "Faz dois anos que pego só o metrô para ir ao trabalho. Antes, perdia quase duas horas no trânsito. Agora gasto a metade", afirma. A faxineira Josenária de Araújo, de 37, também é fiel ao meio de transporte e fala com bom humor de um problema sério: "Aqui vive lotado que nem lata de sardinha. A gente vai encostando um no outro. É na base do arrocha".

O especialista Ronaldo Gouvêa estima que o transporte rápido por ônibus (BRT) – em implantação nas avenidas Antônio Carlos e Pedro I, além da Cristiano Machado – alivie um pouco a situação, mas ressalta a importância da expansão do sistema sobre trilhos. "O metrô é reconhecido mundialmente como o meio mais adequado para o transporte de massa", afirma. Professor do Departamento de Engenharia de Transportes da UFMG, Leandro Cardoso destaca que somente com a construção das linhas 2 (Calafate/Barreiro) e 3 (Savassi/Lagoinha) será possível quantificar com mais rigor a migração do transporte rodoviário para o metrô. "Mas, além da construção dessas linhas, é preciso pensar em soluções de transporte em escala metropolitana", ressalta.

São mais de 25 anos de espera pela ampliação do sistema de metrô em BH, que prevê a expansão da Linha 1 até o Novo Eldorado e a construção dos ramais 2 e 3. De acordo com a Trem Metropolitano de Belo Horizonte (Metrominas), as obras começarão no início do ano que vem. No mês passado, os governos estadual e federal anunciaram a liberação de R$ 52,8 milhões pela Caixa Econômica Federal para contratação dos serviços de topografia e projetos executivos. Para junho, está prevista a conclusão dos trabalhos de sondagem, que já atestaram a viabilidade do metrô na capital. A ampliação totaliza R$ 3,1 bilhões, sendo R$ 1 bi da União, R$ 750 milhões da prefeitura e governo do estado e o restante da iniciativa privada.
Enquanto isso...

...modernização a passos lentos

A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) promete melhorias na Linha 1 do metrô. Dez novos trens vão integrar a frota, hoje com 25 carros. Mas as máquinas, que custaram R$ 172 milhões, ainda vão demorar a chegar, com previsão de entrega para o segundo semestre de 2014. Outros R$ 14,6 milhões estão sendo empregados na modernização das composições antigas. Elas receberão novo sistema de freios. Os testes começam este ano e o trabalho será concluído em três anos. (www.facebook.com/nf365)

Fonte: Estado de Minas

sábado, 4 de maio de 2013

Metrô de BH registra recorde de passageiros


03/05/2013 - Estado de Minas

Os passageiros do metrô na Grande BH aguardam a ampliação das linhas na região.

Por Luana Cruz

Na sexta-feira, dia 30 de abril, os trens transportaram 237.011 passageiros, 3,1 mil pessoas a mais que o recorde anterior

O metrô de Belo Horizonte alcançou novo recorde de passageiros na última terça-feira, dia 30 de abril. Segundo a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), os trens transportaram 237.011 passageiros, 3,1 mil pessoas a mais que o recorde anterior. A companhia avalia que a elevação de demanda ocorre por causa de uma preferência natural do consumidor, que busca fugir dos congestionamentos provocados por obras viárias que vêm tumultuando o trânsito em toda a cidade.

De acordo coma CBTU, a quantidade mensal de embarques cresceu substancialmente, saltando de 5,2 milhões em abril de 2012, para 5,7 milhões em abril de 2013. O destaque fica com a Estação Eldorado que registra maior número geral de embarques, em 2013, atendendo cerca de 934 mil usuários/mês. Veja as 10 maiores estações em número de passageiros/mês:

Os passageiros do metrô na Grande BH aguardam a ampliação das linhas na região. Em abril deste ano, o governador Antônio Anastasia (PSDB) assinou contrato com a Caixa Econômica Federal no valor de R$ 52,8 milhões para a contratação de estudos e projetos de engenharia para viabilizar as obras. Os recursos para a obra, que faz parte do PAC Mobilidade Grandes Cidades do governo federal, serão usados nos projetos de engenharia para a ampliação das três linhas do transporte com trens.

O projeto final que prevê a expansão do metrô está avaliado em R$ 3,1 bilhões e foi anunciado pela presidente Dilma em abril do ano passado. Serão destinados para as obras R$ 1 bilhão do Orçamento Geral da União, R$ 878 milhões financiados junto ao BNDES e R$ 1,2 bilhão repassados pelo governo estadual e prefeitura, valor contratado por meio da modalidade parceria publico privada (PPP).

Enquanto isso, os passageiros passam alguns “apertos” nas estações. Ontem , enfrentaram transtornos durante a manhã após o fechamento da Estação Eldorado, em Contagem. Segundo a CBTU, um trem perdeu a tração na altura do Bairro Cidade Industrial. Enquanto a composição era retirada do local, a estação foi fechada para controlar o fluxo de usuários e garantir a segurança. O resultado foi superlotação. Por causa do fechamento, os trens seguiam até a Estação Vila Oeste e retornavam para a Vilarinho. O problema foi resolvido em 20 minutos, mas passageiros relatam que as operações ficaram suspensas por cerca de 30.

Em 17 de abril, um problema em um trem causou tumulto e fez com que a Estação Central ficasse fechada por alguns minutos. Por medida de segurança, o fluxo de passageiros teve que ser interrompido, de acordo com a CBTU, para evitar que as pessoas se acumulassem nas plataformas e acidentes ocorressem. A medida, contudo, causou uma longa fila e deixou os passageiros irritados com a falta de transporte.

Fonte: O Estado de Minas

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Metrô de BH recebe R$ 53 milhões para projetos de engenharia


17/04/2013 - Estado de Minas

O contrato foi assinado nessa terça-feira pelo governador Anastasia (PSDB)

Por Marcelo Ernesto

O governador Antônio Anastasia (PSDB) assinou nesta terça-feira contrato com a Caixa Econômica Federal no valor de R$ 52,8 milhões para a contratação de estudos e projetos de engenharia para viabilizar as obras do metrô de BH. Os recursos para a obra, que faz parte do PAC Mobilidade Grandes Cidades do governo federal, serão usados nos projetos de engenharia para a ampliação das três linhas do transporte com trens. A assinatura do contrato ocorreu com a presença do ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro; do presidente da Caixa, Jorge Hereda; do secretário de Obras Públicas, Carlos Melles e e o presidente da Metrominas, Fabrício Sampaio.

O projeto que prevê a expansão do metrô está avaliado em R$ 3,1 bilhões e foi anunciado pela presidente Dilma, juntamente com o governador Antônio Anastasia e o prefeito Marcio Lacerda (PSB), na sede da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) em abril do ano passado. Sendo destinados para as obras R$ 1 bilhão do Orçamento Geral da União, R$ 878 milhões financiados junto ao BNDES e R$ 1,2 bilhão repassados pelo governo estadual e prefeitura, valor contratado por meio da modalidade parceria publico privada (PPP).

Conforme o presidente da Metrominas, a previsão é que no início do ano que vem as obras devem ser iniciadas. Segundo o secretário de Transportes e Obras Públicas, Carlos Melles, dentro de alguns meses os projetos devem estar prontos. “Nós já demos as ordens para a contratação dos projetos. Agora chegaram os recursos. Dentro de alguns meses nós teremos os projetos prontos”, disse.

Os recursos serão empenhados para a melhoria e reforma da Linha 1 (Vilarinho/Eldorado) – acréscimo de 1,7 quilômetro no sentido Contagem – construção da Linha 2, que ligará a região do Barreiro à estação do Calafate – extensão de 10,5 quilômetros e seis estações – e construção da Linha 3, que ligará a Savassi à estação da Lagoinha – extensão de 4,5 quilômetros e cinco estações. Assim que estiverem concluídas, o volume de passageiros transportados será elevado de 200 mil por dia, para 900 mil. Com 12 novas estações a extenção dos trilhos chegerá a 44 km.

Fonte: O Estado de Minas

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Projeto do Ferroanel em BH poderá ser viabilizado

21/03/2013 - Diário do Comércio

A Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) se prepara para implantar um anel ferroviário destinado ao transporte de cargas, o que permitirá, no médio prazo, a liberação de trens que circulam na região para o transporte de passageiros. Segundo informou o secretário extraordinário de Gestão Metropolitana, Alexandre Silveira, a semente foi plantada em janeiro, em reunião entre governos federal, estadual e concessionárias de transporte ferroviário. Os entendimentos prosseguiram e, conforme ele, no dia 19 passado, a MRS Logística confirmou que assumirá o estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental, além do projeto executivo do FerroAnel.

Paralelamente, está sendo concluída a modelagem para o Trem Metropolitano, um projeto voltado para o transporte de passageiros na Grande BH, com previsão de licitação no segundo semestre "e início dos trabalhos no primeiro semestre de 2014". A ideia é que o transporte ferroviário seja compartilhado entre cargas e passageiros nas linhas existentes, por meio do Trem Metropolitano, até que seja viabilizado o FerroAnel. A partir de então, os 1.500 km da malha ferroviária em estudo ficarão livres para o transporte de passageiros. "São projetos complementares", pontuou.

Segundo Silveira, em reunião realizada em janeiro, presidida pelo governador Antonio Anastasia, participaram o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, um diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e representantes das concessionárias MRS Logística e da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA): todos os agentes responsáveis pela viabilização do projeto, ressaltou o secretário.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Assinatura de contrato para obras do metrô em BH é adiada


04/04/2013 - Mobilize

Não vai ser desta vez que as obras para a expansão da linha um do metrô de Belo Horizonte e implantação das linhas dois e três vão começar

Por João Henrique do Vale -  EM.com.br

A assinatura do contrato de R$ 60 milhões entre o governo de Minas Gerais e a Caixa Econômica Federal, que iria acontecer nesta quarta-feira, teve de ser adiado. A Secretaria de Estado do Governo de Minas Gerais (Segov) informou que uma nova data será marcada após a conciliação das agendas do governador Antonio Anastasia e do ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro.

O projeto que prevê a expansão do metrô está avaliado em R$ 3,1 bilhões e foi anunciado pela presidente Dilma, juntamente com o governador Antônio Anastasia e o prefeito Marcio Lacerda (PSB), na sede da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) em abril do ano passado. Sendo destinados para as obras R$ 1 bilhão do Orçamento Geral da União, R$ 878 milhões financiados junto ao BNDES e R$ 1,2 bilhão repassados pelo governo estadual e prefeitura, valor contratado por meio da modalidade parceria publico privada (PPP).

Os recursos serão empenhados para a melhoria e reforma da Linha 1 (Vilarinho/Eldorado) – acréscimo de 1,7 quilômetro no sentido Contagem – construção da Linha 2, que ligará a região do Barreiro à estação do Calafate – extensão de 10,5 quilômetros e seis estações – e construção da Linha 3, que ligará a Savassi à estação da Lagoinha – extensão de 4,5 quilômetros e cinco estações.

quinta-feira, 7 de março de 2013

BH terá metrô na Av. Nossa Senhora do Carmo

07/03/2013 - Estado de Minas

A Avenida Nossa Senhora do Carmo, uma das mais movimentadas da cidade e importante eixo de ligação da Região Centro-Sul, vai receber o metrô em suas profundezas, embora não esteja prevista estação de embarque e desembarque de passageiros no local. A Trem Metropolitano de Belo Horizonte S.A. (Metrominas), que gerencia a expansão do sistema de transporte, está fazendo sondagens em vários pontos da via e prevê construir no subsolo o pátio de manobra da tão aguardada Linha 3. Situada em área nobre, a avenida fica próxima da Savassi, um dos destinos do ramal que também levará os passageiros até a Lagoinha, na Região Noroeste.

A construção do pátio de manobra no subsolo na Nossa Senhora do Carmo, na altura do shopping Pátio Savassi, por onde passam diariamente cerca de 95 mil veículos, é considerada ousada por especialistas, por se tratar de uma opção de alto custo. "Fazer um pátio subterrâneo é um luxo, porque é muito caro. A obra na Nossa Senhora do Carmo, uma área extremamente adensada, será um 'deus nos acuda'", afirma o coordenador do Núcleo de Transportes da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais (Nucletrans/UFMG), Ronaldo Guimarães Gouvêa.

O professor explica que há duas formas para construir o pátio. "Uma é usar o 'tatuzão', uma máquina que vai abrindo o buraco debaixo do solo e é a opção mais cara. A outra é fazer através da superfície, o que causa mais transtornos, mas é bem mais barata. Na Nossa Senhora do Carmo, provavelmente, será sem o 'tatuzão'", deduz, por uma questão de custos. Com 4,5 quilômetros de extensão, a Linha 3 do metrô está orçada em R$ 1,4 bilhão e compreende um percurso da Lagoinha, próximo à rodoviária, passando pela Avenida Afonso Pena, Rua Pernambuco e terminando perto do Shopping Pátio Savassi.

Do outro lado da Linha 3, na Lagoinha, o pátio de manobra já havia se mostrado uma questão delicada, por causa do encurtamento do único trecho subterrâneo do metrô de BH. O projeto inicial previa a ligação da Savassi à Pampulha e, por isso, o pátio de manobra e manutenção havia sido projetado para ocupar a área onde hoje está sendo construída a Estação Pampulha do BRT (sigla em inglês para transporte rápido por ônibus). Mas, para encaixar na verba de R$ 3,16 bilhões liberados pela União para a expansão do metrô de BH, o ramal passou a ir somente até a Lagoinha. Apesar de mais cara, a solução foi a construção de pátio subterrâneo debaixo do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, na Avenida Antônio Carlos.

De acordo com a Metrominas, na semana que vem serão concluídos os trabalhos de sondagem na Linha 3. Apenas na Savassi e entorno da Nossa Senhora do Carmo, até a altura da Avenida Uruguai, no Sion, foram cerca de 20 furos de 35 metros de profundidade. Ao longo dos 4,5 quilômetros do ramal, foram 180 sondagens. Apesar de não haver análise conclusiva, estudos preliminares indicam que o solo de BH tem boas características mecânicas e não representará impedimento ao trem subterrâneo. Os resultados definitivos sairão ainda no primeiro semestre.

REFLEXO DAS OBRAS

É bom lembrar que a movimentação de sondagem está atualmente bem próxima da Praça Diogo de Vasconcelos, a conhecida Praça da Savassi, que passou há um ano por obras de revitalização. Os comerciantes da região observam ressabiados as sondagens para a próxima intervenção. "Tem que ter um metrô aqui, pois o trânsito na região está horrível. O problema é que temos muito medo do reflexo das obras. Com a reforma da Savassi, 60 lojas fecharam", afirma a presidente da Associação de Lojistas da Savassi, Maria Auxiliadora Teixeira.

O projeto do metrô prevê também a expansão da Linha 1 até o Bairro Novo Eldorado, em Contagem, que vai atualmente da Estação Vilarinho, em Venda Nova, até a Eldorado, em Contagem. Já a Linha 2 fará o entroncamento com a Linha 1 na Estação Nova Suíssa e chegará até o Barreiro. A Metrominas ainda está em fase de contratação e elaboração dos projetos básicos de engenharia das três linhas. Todos os projetos têm prazo de elaboração de 12 meses. Assim que a ordem de serviço for dada, as empreiteiras têm de quatro a cinco anos para concluir a obra. A prefeitura promete também enviar "em breve", segundo a assessoria de imprensa, projeto de lei com pedido de autorização para contratar R$ 400 milhões em financiamento para investimentos no metrô.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Reunião com o consórcio CAF- Alstom dá largada ao fornecimento dos trens para Belo Horizonte

21/01/2013 - CBTU

Representantes da CBTU e do consórcio CAF-Alstom estiveram reunidos para acertar detalhes do contrato de fornecimento dos dez novos trens que vão ampliar a capacidade de transporte da CBTU Belo Horizonte. O contrato passa de R$ 171,9 milhões e a entrega do primeiro trem está prevista para o segundo semestre de 2014.

O chefe de projetos da CAF, o espanhol Asier Berzosa, destacou que há a possibilidade de antecipação da entrega, em até três meses, dentro do prazo previsto no contrato, desde que não ocorram grandes modificações no projeto do trem fornecido para a Superintendência de Recife.

Segundo Asier Berzosa, a CBTU está adquirindo o que há de mais moderno no mercado ferroviário e a entrega antecipada será um desafio para o consórcio, mas que a indústria nacional tem todas as condições de cumprir. "Agora, é arregaçar as mangas e trabalhar pesado, contando sempre com a rapidez da equipe da CBTU nas avaliações durante a produção", conclui.

Apesar de ser espanhol, o consórcio possui fábrica em São Paulo, facilitando o contato entre a CBTU em Belo Horizonte e a CAF-Alstom. Equipamentos como os truques ficarão a cargo da CAF Espanha, já que o sistema ATC será fabricado pela Alstom, em São Paulo, e a construção estrutural e montagem geral serão realizadas na nova fábrica da CAF, em Hortolândia. O analista técnico e gestor do contrato pela CBTU, Rossinélio Fonte, destacou que o processo mobilizou diferentes áreas da CBTU e demandou esforços dos campos técnico e político. Enfatizou ainda o fato de que os trens serão fabricados no Brasil e com pelo menos 60% de componentes nacionais, gerando um estímulo à indústria nacional e facilitando o processo de manutenção das composições e a nacionalização de componentes. Durante a reunião, o fiscal do contrato, Francisco Lopes, pontuou as principais necessidades da Companhia e avaliou como favoráveis os primeiros contatos com a CAF. "Essa abertura de diálogo é favorável para que consigamos sucesso neste cronograma, nosso encontro foi muito positivo".

Os novos trens da CBTU em Belo Horizonte terão ar condicionado automatizado, monitor de CFTV (Circuito Fechado de Televisão), revestimento resistente ao fogo, baterias com capacidade para manter o sistema elétrico de segurança em funcionamento por, no mínimo, cinco horas, dispositivos de comunicação multimídia, sistema eletrônico de monitoramento, sistema de comunicação móvel de voz e dados, frenagem automática em emergências, sistemas sonoros de emissão de mensagens pré-gravadas, entre outras comodidades que vão facilitar o dia a dia dos usuários e garantir a segurança da operação comercial.

Embarque facilidado:

No que tange à acessibilidade, as composições receberão piso antiderrapante, assentos preferenciais, banco para obesos e portas com rampa retrátil que facilitarão o embarque e desembarque de cadeirantes e de pessoas com mobilidade reduzida.

Fonte: IMPRENSA CBTU BELO HORIZONTE
Publicada em:: 21/01/2013

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Metrominas começa nova sondagem na área da Feira de Artesanato, em Belo Horizonte

21/01/2013 - Estado de Minas

Começaram nesta segunda-feira, na Avenida Afonso Pena, em Belo Horizonte, os novos trabalhos de sondagem para a implementação da Linha 3 do metrô na capital. A operação realizada pela Empresa Pública Trem Metropolitano de Belo Horizonte S/A (Metrominas) atinge a área entre as ruas Carandaí e Bahia, local em que acontece, aos domingos, a Feira de Artesanato da cidade.

Segundo a Metrominas, serão feitos 11 furos distribuídos no canteiro central e nos passeios. Para cada furo, em média são gastos cinco dias de trabalho ocupando uma área de aproximadamente 20m². A previsão de conclusão é para o final de fevereiro.

Ainda de acordo com a Metrominas, estas sondagens servirão como subsídio para os Projetos da Linha 3 - Trecho Savassi/Lagoinha, totalmente subterrâneo, com extensão de 4,5 km, cujo eixo proposto começa na região do Complexo da Lagoinha, próximo ao terminal da Rodoviária, passa pela Avenida Afonso Pena, vira na Rua Pernambuco e termina nas proximidades do Shopping Pátio Savassi.

Fonte: Estado de Minas
Publicada em:: 21/01/2013

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Artigo: Precisamos de Metrô urgente!

16/01/2013 - Revista Ferroviária

*Nilson Tadeu Ramos Nunes

Um dos assuntos mais comentados no momento refere-se à questão da mobilidade em regiões urbanas e metropolitanas. Tenta-se entender porque a mobilidade das pessoas e de cargas está diminuindo de forma sistemática e significativa. Percebe-se que essas áreas estão em constante mutação, quer seja pelo crescimento vegetativo ou pelas migrações.

No caso da RMBH (assim como em outras regiões do país), o adensamento da região, isto é, a substituição de moradias unifamiliares por prédios de apartamentos estabelece uma distorção nas vias de escoamento de tráfego, uma vez que não existe compensação entre o novo índice de ocupação de habitantes por m2 e a capacidade instalada do sistema viário local.

Este fato é naturalmente agravado pelo aumento sucessivo da frota e pela necessidade do deslocamento pendular (movimento na direção bairro-centro-bairro) dos passageiros, usualmente concentrados nos horários de pico.

Agregue-se a esta situação o fato de que nesta RM o modo mais utilizado é o ônibus, que disputa espaço com outros meios de transporte na maior parte do sistema viário metropolitano.
Sendo o transporte por ônibus considerado de baixa ou média capacidade de passageiros e considerando que existem apenas alguns corredores com prioridade para a circulação deste modo de transporte, é possível explicar porque aqueles passageiros que possuem melhor condição de renda migrem para modos individuais de transporte (claramente apoiados por uma política de crédito de fácil acesso ao consumidor).

Então, o que pode ser feito para mudar este cenário?

Inicialmente seria necessário uma integração dos municípios metropolitanos para o estabelecimento de uma única política de transportes urbanos para a região. Esta ação deveria ser idealmente conduzida pelo Governo do Estado, pelo seu poder de articulação. As políticas exclusivamente municipais podem contribuir para o equacionamento da questão, mas não necessariamente têm a abrangência que o sistema metropolitano necessita.

O sistema BRT (Bus Rapid Transit) constitui-se em solução para a mobilidade na RMBH?
Este é um assunto deveras interessante. Senão vejamos:

A Prefeitura de Belo Horizonte vem anunciando a implantação do BRT como solução para a mobilidade em BH.

Vale reconhecer que todo o sistema de ônibus que opere em via exclusiva, principalmente sistemas como o BRT com embarque em nível e pagamento antecipado de passagem, consegue desenvolver maiores velocidades comerciais e, portanto, ajudar na mobilidade. No entanto o BRT é um sistema de média capacidade e poderá compor um conjunto de soluções para a melhoria da mobilidade na RMBH. Mas não constitui por si só a solução para o problema.

Qual a solução de transportes de passageiros mais adequada para a RMBH?

E preciso que se desenvolva uma nova modelagem que resulte em uma matriz de modos de transporte de passageiros com mais equilíbrio, onde cada subsistema atue na sua faixa de eficiência. Esquematicamente poderíamos, pensar em uma matriz de transportes ancorada em sistemas sobre trilhos nos grandes corredores metropolitanos (metrô, trem, VLT etc.) os quais seriam alimentados por sistemas de menor capacidade como ônibus e outros.

Como seria o financiamento deste novo modelo?

Para os sistemas de vias fixas (metrô, trens, BRt's) poderíamos adotar o conceito de linha-empreendimento, onde a faixa de domínio/influência entraria como ativo, de forma a mitigar os custos de implantação/operação.

Ainda, no caso do metrô subterrâneo, poderíamos trabalhar com o conceito de túneis multiuso, de forma a mitigar também os custos referidos acima.
Os demais modos poderiam ter aporte de recursos de outras partes como pedágio urbano, mais valia, entre outros.

*Nilson Tadeu Ramos Nunes, PH.D., é Superintendente Regional da Companhia Brasileira de Trens Urbanos e professor da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Metrominas começa nova sondagem na área da Feira de Artesanato, em Belo Horizonte

22/01/2013 - Estado de Minas

Serão feitos 11 furos distribuídos no canteiro central e nos passeios
Começaram nesta segunda-feira, na Avenida Afonso Pena, em Belo Horizonte, os novos trabalhos de sondagem para a implementação da Linha 3 do metrô na capital. A operação realizada pela Empresa Pública Trem Metropolitano de Belo Horizonte S/A (Metrominas) atinge a área entre as ruas Carandaí e Bahia, local em que acontece, aos domingos, a Feira de Artesanato da cidade.

Segundo a Metrominas, serão feitos 11 furos distribuídos no canteiro central e nos passeios. Para cada furo, em média são gastos cinco dias de trabalho ocupando uma área de aproximadamente 20m². A previsão de conclusão é para o final de fevereiro.

Ainda de acordo com a Metrominas, estas sondagens servirão como subsídio para os Projetos da Linha 3 - Trecho Savassi/Lagoinha, totalmente subterrâneo, com extensão de 4,5 km, cujo eixo proposto começa na região do Complexo da Lagoinha, próximo ao terminal da Rodoviária, passa pela Avenida Afonso Pena, vira na Rua Pernambuco e termina nas proximidades do Shopping Pátio Savassi.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Governo abre consulta pública para construção de novas linhas do metrô de BH

12/12/2012 - EM.com.br

O governo de Minas abriu nesta quarta-feira a consulta pública para as empresas interessadas na parceria público-privada para a construção das novas linhas do metrô de BH

Cristiane Silva

Belo-horizontinos aguardam, há anos, o projeto do metrô
créditos: Record Minas

O anúncio foi publicado no Minas Gerais, diário oficial do estado, na terça-feira. Após o processo, será feita a licitação onde o governo vai decidir qual dos interessados será responsável pelos trabalhos e pela manutenção.

As obras previstas, segundo o edital, são a expansão da Linha 1, no trecho entre as estações Eldorado e Novo Eldorado, bem como a operação e manutenção do trecho entre as estações Vilarinho e Novo Eldorado; a implantação, operação e manutenção da Linha 2, entre as estações Barreiro e Nova Suíssa; e também a operação e manutenção da Linha 3, entre a Savassi e a Lagoinha. O valor estimado pela Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) é de mais de R$ 15 bilhões de reais.

A consulta à minuta do edital e aos respectivos anexos referentes ao processo de licitação já está disponível no site da Metrominas. Os interessados podem enviar sugestões e comentários para o e-mail metrormbh@transportes.mg.gov.br.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

População pode sugerir alterações no edital do metrô BH

03/01/2013 - G1 MG

Está aberta a consulta pública para sugestões de alterações no processo de licitação para as obras do metrô em Belo Horizonte. Com a ampliação, o número de estações vai passar de 19 para 31, incluindo as da Praça Sete e Praça da Savassi, na Região Centro-Sul da capital.

A consulta pública é uma exigência legal das parcerias público-privadas. Pela internet, usuários e empresas – que vão se candidatar ao processo licitatório – podem sugerir alterações no edital da expansão da linha 1, que vai do Vilarinho ao Eldoraro, e das obras de construção da linha 2, que liga o Calafate ao Barreiro.

O presidente da Metrominas, Fabrício Torres Samapaio, explica que a empresa que vier a realizar a parceria público-privada vai ser responsável por toda a operação da linha atual existente e de suas expansões. "Também será responsável pela aquisição dos trens, novos serviços de controle e sinalização e pelas obras das linhas 1 e 2", diz.

A próxima etapa vai ser uma audiência pública, programada para março, quando detalhes do projeto vão ser discutidos. Também está em fase de licitação a escolha da empresa que vai elaborar o projeto de engenharia para a construção da linha 3, que vai ser toda subterrânea, ligando a Lagoinha à Savassi.

As obras devem começar no segundo semestre deste ano. Com a ampliação, o metrô vai passar a atender quase 1 milhão de passageiros por dia. Atualmente são 200 mil usuários. A extensão do trajeto vai passar de 28 quilômetros para 44 quilômetros de extensão. O investimento total vai ser de mais R$ 3 bilhões.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

População pode sugerir alterações no edital do metrô BH

03/01/2013 - G1 MG

Está aberta a consulta pública para sugestões de alterações no processo de licitação para as obras do metrô em Belo Horizonte. Com a ampliação, o número de estações vai passar de 19 para 31, incluindo as da Praça Sete e Praça da Savassi, na Região Centro-Sul da capital.

A consulta pública é uma exigência legal das parcerias público-privadas. Pela internet, usuários e empresas – que vão se candidatar ao processo licitatório – podem sugerir alterações no edital da expansão da linha 1, que vai do Vilarinho ao Eldoraro, e das obras de construção da linha 2, que liga o Calafate ao Barreiro.

O presidente da Metrominas, Fabrício Torres Samapaio, explica que a empresa que vier a realizar a parceria público-privada vai ser responsável por toda a operação da linha atual existente e de suas expansões. "Também será responsável pela aquisição dos trens, novos serviços de controle e sinalização e pelas obras das linhas 1 e 2", diz.

A próxima etapa vai ser uma audiência pública, programada para março, quando detalhes do projeto vão ser discutidos. Também está em fase de licitação a escolha da empresa que vai elaborar o projeto de engenharia para a construção da linha 3, que vai ser toda subterrânea, ligando a Lagoinha à Savassi.

As obras devem começar no segundo semestre deste ano. Com a ampliação, o metrô vai passar a atender quase 1 milhão de passageiros por dia. Atualmente são 200 mil usuários. A extensão do trajeto vai passar de 28 quilômetros para 44 quilômetros de extensão. O investimento total vai ser de mais R$ 3 bilhões.

População pode sugerir alterações no edital do metrô BH

03/01/2013 - G1 MG

Está aberta a consulta pública para sugestões de alterações no processo de licitação para as obras do metrô em Belo Horizonte. Com a ampliação, o número de estações vai passar de 19 para 31, incluindo as da Praça Sete e Praça da Savassi, na Região Centro-Sul da capital.

A consulta pública é uma exigência legal das parcerias público-privadas. Pela internet, usuários e empresas – que vão se candidatar ao processo licitatório – podem sugerir alterações no edital da expansão da linha 1, que vai do Vilarinho ao Eldoraro, e das obras de construção da linha 2, que liga o Calafate ao Barreiro.

O presidente da Metrominas, Fabrício Torres Samapaio, explica que a empresa que vier a realizar a parceria público-privada vai ser responsável por toda a operação da linha atual existente e de suas expansões. "Também será responsável pela aquisição dos trens, novos serviços de controle e sinalização e pelas obras das linhas 1 e 2", diz.

A próxima etapa vai ser uma audiência pública, programada para março, quando detalhes do projeto vão ser discutidos. Também está em fase de licitação a escolha da empresa que vai elaborar o projeto de engenharia para a construção da linha 3, que vai ser toda subterrânea, ligando a Lagoinha à Savassi.

As obras devem começar no segundo semestre deste ano. Com a ampliação, o metrô vai passar a atender quase 1 milhão de passageiros por dia. Atualmente são 200 mil usuários. A extensão do trajeto vai passar de 28 quilômetros para 44 quilômetros de extensão. O investimento total vai ser de mais R$ 3 bilhões.