quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Tempo de espera no metrô de BH é a maior entre principais linhas do país

28/10/2013 - O Tempo

Qualquer semelhança com um trem metropolitano não é mera coincidência. Além da aparência antiga dos vagões, o metrô de Belo Horizonte tem o maior tempo de espera entre uma composição e outra nos horários de pico em comparação com os outros cinco os principais serviços do país – São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Recife e Porto Alegre. Os usuários mineiros ficam entre 4 min a 7 min esperando o embarque nos momentos de maior movimento, o que é diferente dos modernos sistemas adotados em São Paulo e no Rio de Janeiro, onde o intervalo entre viagens gira em torno de 2 minutos.


O metrô mais demorado depois do de Belo Horizonte é Recife, onde o tempo de espera é de 5 min durante o pico. Já nos demais horários, a capital mineira fica em terceiro lugar entre os que têm maior intervalo, com 10 min, atrás apenas de Recife, com 15 min, e Brasília, com 14. "A frota é muito antiga. Se tivéssemos uma modernização, a espera seria menor", disse a presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro), Alda Lúcia dos Santos.

Velocidade. A lentidão também é observada no ritmo empregado pelo metrô ao longo do trajeto, segundo engenheiros em transporte. A velocidade comercial – que é a velocidade média para a composição percorrer toda a linha, incluindo as paradas – gira em torno de 40 a 45 km/h nas maiores redes de metrô do Brasil e do mundo, segundo o professor do departamento de engenharia de transportes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Dimas Gazolla.

Já a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que administra o metrô da capital mineira, informou, em nota, que a velocidade média da composição é de 38 km/h e que o tempo gasto para se fazer o percurso de 28,1 km da linha 1 – da estação Vilarinho à estação Eldorado – é de 44 min.

Porém, a reportagem de O TEMPO percorreu o trajeto completo da linha 1 e gastou 53 min – sem que houvesse qualquer parada atípica –, o que corresponde a uma média de 31,8 km/h. O mesmo ritmo foi observado nas demais viagens nos horários de pico. "O metrô da capital não consegue atingir uma velocidade maior porque não tem tecnologia de metrô, como dispositivo avançado de segurança, que permite a frenagem rápida em casos de acidente. Do ponto de vista técnico, ele é um trem urbano", afirmou Gazolla.

Na prática. Durante o percurso feito pela reportagem, na semana passada, o tempo de intervalo entre um metrô e outro chegou a 6 min – às 7h36 saiu uma composição e só às 7h42 saiu a seguinte, na estação Vilarinho. Em outros momentos de pico, a espera girou entre 4 e 6 min. Já nos demais horários, a reportagem chegou a ficar 14 min aguardando o trem na estação Central – também sem que houvesse qualquer aviso de pane aos usuários –, o que lotou a plataforma.

A CBTU informou que a frota atual é de 25 trens, e a última renovação ocorreu em 2001. Cada composição comporta 1.026 passageiros. Por dia, o metrô transporta 230 mil pessoas.

Quanto à velocidade média, a companhia alega que o ritmo é semelhante a dos outros sistemas brasileiros, podendo ser até maior que a do metrô de São Paulo, "que opera com uma velocidade comercial de 33 km/h na linha Azul". Já o metrô de São Paulo informou as composições transitam, no mínimo, a 40 km/h.

Melhorias

Reforço. Em julho deste ano, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) implantou duas viagens a mais por sentido, no horário de maior movimento – entre 18h e 19h, o que aumentou em 20% a capacidade.

Novos. A partir do segundo semestre de 2014, dez novos trens começam a circular na capital, e, com isso, a meta é reduzir o intervalo entre viagens e aumentar a velocidade máxima para 90 km/h.

Estudo. A CBTU informou que está fazendo, ainda, testes para checar se é possível circular com trens acoplados durante o pico.

Levantamento

Dados. O Ministério das Cidades está elaborando um banco de dados sobre a qualidade e o desempenho dos metrôs do país e outros serviços de transporte público. Ainda não há data para divulgação.

Por Luciene Câmara
Informações: O Tempo

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Novos trens do metrô de BH terão ar condicionado e rampas para cadeirantes

15/11/2012 - Estado de Minas

Envelopes da licitação foram abertos no dia 09; investimento será de R$ 171 mi. Empresas vencedoras fabricaram em 2011 o Série 7500 para a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos; Trens de BH devem seguir o mesmo padrão

O consórcio composto pela empresa espanhola CAF e pela francesa Alstom foi vencedor da licitação para o fornecimento dos dez novos trens que integrarão a frota do Metrô de Belo Horizonte. A previsão é de que as novas composições comecem a operar em 2014, já que o consórcio terá até 21 meses, a partir da assinatura do contrato, para fornecer o primeiro trem, e mais oito meses para entregar os demais.

Os novos trens terão capacidade para atender até 1300 passageiros por viagem e serão fabricados em caixas de aço inox, podendo acelerar a uma velocidade máxima de 90km/h. O interior dos veículos terá ar refrigerado, revestimento resistente ao fogo e baterias com capacidade para manter o sistema elétrico de segurança em funcionamento por, no mínimo, cinco horas.

Acessibilidade
As novas composições vão contar com piso antiderrapante, assentos preferenciais, banco para obesos e portas com rampa retrátil que facilitarão o embarque e desembarque de cadeirantes e de pessoas com mobilidade reduzida.

Investimento
A licitação foi realizada pelo Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC) e seguiu o decreto 7.812/12, que estabelece a aplicação de margem de preferência de 20% para a produção nacional em licitações da administração pública federal para aquisição de veículos para vias férreas. O valor de aquisição das novas composições foi de R$ 171 milhões e 970 mil, considerando o valor global da licitação.

Fonte: O Estado de Minas

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Presidente Dilma diz que vai investir mais em metrô de Belo Horizonte

24/10/2013 - G1 MG

Governo acrescentou R$ 50 bilhões em recursos para mobilidade no país. Presidente concedeu entrevista a uma rádio mineira nesta quinta-feira(24)

Flávia Cristini
 
Avenida Antônio Carlos, em obras para receber o BR
Avenida Antônio Carlos, em obras para receber o BRT
créditos: Paulo Pilgueiras / EM
 
A presidente Dilma Rousseff afirmou que anunciará novos investimentos para o metrô de Belo Horizonte e que, para isso voltará a Minas Gerais nos próximos dias. A declaração foi dada na manhã desta quinta-feira (24), durante entrevista à Rádio Itatiaia. Os recursos vão ser destinados por meio do pacto de mobilidade.

"Apesar de o governo federal ter investido R$ 90 bilhões em mobilidade urbana desde que eu entrei no governo, nós fizemos no pacto um adicional. Quando criamos o pacto pela mobilidade urbana reconhecemos que as cidades, principalmente, as grandes capitais metropolitanas do nosso país tinham de receber mais recursos, e o governo federal se dispôs a acrescentar R$ 50 bilhões", disse. Segundo a presidente, parte dos R$ 50 bilhões vai ser destinada a Minas Gerais, além dos 5,4 bilhões já repassados, e novos investimentos podem ser feitos, desde que haja projetos.

O pacto de mobilidade foi citado pela presidente ao pontuar ações, que, segundo ela, atendem às reivindicações manifestadas nos protestos que se espalharam pelo país neste ano. A presidente citou que houve avanços na economia, nas áreas da saúde e educação.

"Do ponto de vista do governo, a nossa avaliação, e acho que é avaliação absolutamente baseada em fatos, em dados, uma avaliação objetiva, é que nós avançamos muito sim e cumprimos os fatos, inequivocadamente. Saúde com mais médicos, educação com a destinação dos royalties e do fundo social do pré-sal e mobilidade urbana estão avançando. E mais, fazendo o Brasil avançar, fazendo Minas Gerais avançar", disse Dilma.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Prefeitura de BH quer investir R$ 20 milhões em nova linha do metrô

26/08/2013 - Hoje em Dia

O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), pretende utilizar os R$ 20 milhões disponibilizados pelo governo do Estado a obras viárias para contratar o projeto executivo da linha do metrô Savassi-Belvedere.

Segundo o prefeito, as conversas sobre o assunto estão adiantadas com a Metrominas, empresa ligada à Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), e em Brasília. Até amanhã poderá haver novidades sobre a viabilidade da proposta.

"Junto ao governo do Estado apresentamos diversas soluções para a cidade em termos de corredores de ônibus, de BRT, inclusive de ônibus metropolitano, e apresentamos então o ramal Savassi-Belvedere, ao custo de R$ 1,5 bilhão. Tive contato com Brasília sobre isso. Segunda ou terça-feira teremos novidades", disse o prefeito em entrevista à rádio 'Itatiaia'.

Lacerda disse também que a transferência dos ativos do metrô da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) à Metrominas, que delegará a administração e operação do metrô à iniciativa privada por meio de parceria público privada (PPP), pode ser resolvida "rapidamente", depois que for finalizada a auditoria técnica na CBTU.

"Para que seja feita a PPP, é preciso que o governo passe os ativos da CBTU para a Metrominas. Não aconteceu ainda, mas isso se faz rapidamente tendo uma questão política. Há alguns detalhes jurídicos. É preciso que o governo federal termine uma auditoria técnica na CBTU. Estamos dentro do cronograma ainda".

Transportes

A PBH participa, na manhã desta segunda-feira, da audiência pública na Câmara Municipal sobre o transporte público na capital. A reunião foi um dos pedidos dos manifestantes que ocuparam a CMBH por duas vezes, na última semana de junho e no início deste mês.

Conforme publicado pelo Hoje em Dia ontem, a Câmara passará a regular a entrada de visitantes na Casa e, com isso, os manifestantes terão que se identificar ao entrar no prédio. Os ativistas vão encontrar uma mudança no saguão principal do local, onde foram instaladas divisórias para as salas da Ouvidoria.

Fonte: Hoje em Dia
Publicada em:: 26/08/2013