domingo, 24 de outubro de 2010

Metrô BH instrui usuários sobre o uso do Cartão Ótimo

21/10/10 - CBTU

A partir do dia 25 de outubro os usuários do metrô poderão contar, na estação Eldorado, com profissionais preparados para responder a questões quanto ao uso do Cartão Ótimo, forma de integração com ônibus metropolitanos que substituiu os bilhetes de papel. Duas pessoas estarão à disposição dos passageiros para esclarecer dúvidas e auxiliar na solução de eventuais problemas.

O trabalho que será realizado das 6 às 14 horas, é resultado de uma parceria entre a CBTU e a equipe comercial do Cartão Ótimo e do Sindicato das Empresas de Transporte. A ação busca instruir os passageiros, mostrando como adquirir e utilizar o Cartão Ótimo nas catracas do Metrô. Segundo dados da Coordenadoria de Atendimento ao Usuário, a CBTU-METRÔ BH registrou queda considerável no número de contatos de usuários com dúvidas sobre o cartão.Aceito no Metrô desde 29 de maio, o Cartão Ótimo é utilizado em grande escala nas roletas das estações. Até o dia 5 de outubro, a Companhia havia registrado mais de 1,1 milhão de embarques, somente na estação Eldorado, recordista em embarques da integração metropolitana. Já a estação Vilarinho soma cerca de 260 mil acessos com o Ótimo, e São Gabriel recebeu, aproximadamente, 95 mil usuários do cartão. Ao todo, 53 validadores estão habilitados para receber o novo modelo de integração nas catracas do Metrô.

domingo, 19 de setembro de 2010

Acordo tenta salvar malha ferroviária




10/9/2010
O Tempo (MG)

A Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte e as prefeituras da região vão assinar, na próxima semana, um termo de cooperação técnica com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e os ministério das Cidades e dos Transportes para aprofundar as discussões sobre o aproveitamento da malha ferroviária que corta a região.
"A interlocução começou hoje. Não será uma parceria que disponibilizará dinheiro, mas recursos humanos", explicou o diretor geral da agência, José Osvaldo Lasmar - ele que tratou do assunto ontem, em Brasília.

Dentre as investidas para aproveitar os 350 km de malha ferroviária na região metropolitana está a realização de um estudo que diagnosticará, até o fim do ano, os trechos que podem ser utilizados para o transporte de passageiros, de cargas, ou para o compartilhamento de ambos.

O Fundo de Desenvolvimento Metropolitano já reservou R$ 550 mil para o diagnóstico. Até o fim do ano, uma consultoria terminará o trabalho.

Para agosto do ano que vem, a agência metropolitana espera a atualização da pesquisa Origem e Destino, realizado pela última vez entre 2000 e 2001. O levantamento, que já alocou mais de R$ 600 mil em convênio com a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas, é essencial para qualquer plano viário.

Anel Rodoviário. O presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar, que integrou a comitiva mineira na capital federal, discutiu com técnicos do Dnit as adequações do novo edital do Anel Rodoviário - o anterior foi anulado pelo órgão no último dia 19.

"É preciso facilitar o acesso de passageiros nos cruzamentos do Anel com as BRTs e a conexão com a nova rodoviária, no São Gabriel", afirmou Cesar.

Em 26 de agosto, a empresa A.R.G. Ltda protocolou recurso administrativo no Dnit contra a anulação do edital. O pedido ainda não foi julgado.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

CBTU reacende esperança de ampliação do Metrô BH


26/08/2010 - Hoje em Dia

Praticamente descartada pela própria Prefeitura de Belo Horizonte, a possibilidade de ampliação do metrô da capital para a Copa do Mundo de 2014 voltou à tona nesta quinta-feira (26) durante o segundo dia do ciclo de debates “Desafios da Mobilidade Urbana na Região Metropolitana de Belo Horizonte”.

O Diretor de Planejamento e Expansão da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Raul de Bonis Simões, garantiu que a aquisição de dez novas composições para a Linha 1 (ramal Eldorado-Venda Nova) será feita em até dois anos. Projetos executivos para as linhas 2 (Hospitais/Barreiro) e 3 (Pampulha/Savassi), afirmou, ficarão prontos no primeiro trimestre de 2011. As intervenções custariam cerca de R$ 3 bilhões, e a conta já foi apresentada ao Ministério das Cidades.

Com a ampliação da Linha 1, o número de usuários atendidos seria aumentado em 47%, passando dos atuais 170 mil passageiros/dia para 250 mil. “O projeto já está pronto. O que falta é uma decisão política para definir os recursos utilizados”, afirmou Raul Simões. Sobre os projetos básicos dos ramais 2 e 3, ele disse que um estudo preliminar – que dará suporte para a elaboração do projeto executivo –, já foi feito. “O metrô é fundamental para a realização da Copa. Ele não pode ser visto como um problema e, sim, como uma solução”.

A morosidade do Governo federal para definir a situação do metrô em Belo Horizonte foi novamente criticada pelo Governo mineiro. Segundo a subsecretária de Estado de Desenvolvimento Metropolitano, Maria Madalena Franco, a única forma de garantir o aporte de recursos necessários para a criação das linhas 2 e 3 seria uma parceria público-privada. Para ela, a transferência da administração do metrô para o Estado só depende da vontade da União.

Além de ser considerado fundamental para Belo Horizonte receber a Copa do Mundo, o transporte sobre trilhos também poderá chegar até a Região Metropolitana da capital. A possibilidade de aproveitar a atual malha de trens de carga da Grande BH para o transporte de passageiros está sendo estudada. Segundo a subsecretária Maria Madalena Garcia, 22 municípios da região são cortados por linhas férreas, algumas das quais são subutilizadas.

Na avaliação de Maria Madalena, pode-se implantar linhas de Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs) ligando Vespasiano, Sabará e Santa Luzia até 2014. O edital para a contratação de consultoria será lançado em outubro, e o estudo sobre a viabilidade desses investimentos deve ser concluído no prazo de um ano.
Além disso, também está em negociação com a mineradora Vale a criação de um trem turístico que circularia nos fins de semana entre Belo Horizonte e o Instituto Inhotim, em Brumadinho.

ANTP cobra rede de transporte

A Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) defende, além do metrô, uma rede eficiente de transporte público para Belo Horizonte receber a Copa do Mundo.

Para o diretor da ANTP, Rogério Belda, o transporte coletivo deve ser tratado como prioritário. “O metrô é essencial, mas sozinho não vai funcionar. Temos de ter ônibus metropolitanos que funcionem e outras alternativas que já foram faladas, como o VLT e o BRT (transporte rápido por ônibus).

Na avaliação de Belda, uma legislação proibitiva também deveria ser criada, visando diminuir o número de carros nas ruas. “A principal mudança deveria ser tomada com relação aos pontos de parada. Nas regiões centrais, eles deveriam ser extintos”.

A ampliação das linhas de metrô, ônibus e a melhoria na estrutura viária são os grandes desafios dos gestores públicos no que se refere à mobilidade urbana, conforme disse o subsecretário de Transportes do Estado, Fabrício Torres Sampaio, que também participou do ciclo de debates promovido pela Assembleia Legislativa.
De acordo com ele, o crescimento demográfico, aliado às condições topográficas desfavoráveis, tem prejudicado os estados e municípios em termos de investimentos no setor. Ele lembra que somente Belo Horizonte transporta cerca de 720 mil passageiros diariamente. Por isso, defende, alternativas precisam ser adotadas, como a criação de terminais metropolitanos.

Sistema de cartões requer investimento

Pelo menos dois milhões de novos cartões de crédito deverão ser usados nas 12 cidades brasileiras que vão sediar a Copa de 2014. Se não houver investimento em massa em tecnologia, o sistema de pagamento de despesas e serviços por meio do “dinheiro eletrônico” poderá entrar em colapso. O alerta foi feito por Marcelo Castro, coordenador do Seminário Copa 2014, encerrado ontem em Belo Horizonte.

Castro também chamou atenção para a necessidade de investimento nas redes de internet nos hotéis. “Na Copa da África do Sul, houve um apagão de uma hora e meia. Se durante a Copa a internet ficar fora do ar por mais de uma hora, as críticas serão ainda maiores, já que o Brasil já realiza quase tudo online”, diz.
Outro desafio do Brasil é com relação a energia. Marcelo Castro afirma que até hoje não foi feito nenhum estudo sobre o que representará para o sistema o consumo de energia dos 12 estádios, muitos praticamente novos, como de Natal, no Rio Grande do Norte, e Cuiabá, no Mato Grosso.

Ele lembrou que Belo Horizonte é uma das cidades que têm melhor infraestrutura para sediar a Copa de 2014. “O Aeroporto de Confins está localizado em uma área segura e tem condições de ser ampliado. Um dos desafios de Minas será o de aumentar a quantidade de vagas em hotéis. Para se ter uma ideia, um participante do seminário teve dificuldades de conseguir vaga na rede hoteleira”, disse Castro.

No seminário realizado em Belo Horizonte, as empresas na área de tecnologia apresentaram soluções para antes e depois da Copa. Uma delas é da IBM, que patrocinou o evento. O executivo de vendas da empresa, Marco Avellar, informou que um dos projetos que poderá ser usado por Belo Horizonte e pelas demais cidades-sedes da Copa de 2014 é o de monitoramento do trânsito.

“Um sistema de câmeras instaladas nas ruas transmite alertas para outros órgãos, como o Corpo de Bombeiros, quando houver acidentes, sem a necessidade de pessoas trabalhando em uma central”, explicou.
O analista de sistemas Paulo de Souza Aguiar defende investimentos na rede pública de internet para evitar transtornos. Segundo ele, as cidades brasileiras também precisam se preparar para que a transmissão do evento, via satélite, atenda às redes de televisão.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O Metrô vem aí…(1985)




O metrô vem aí - Publicidade de 1985 em BH...
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FATO! Falta pressão e falta vontade política ao Governo Federal para liberar verbas para o metrô. A bem da verdade, o metrô de Belo Horizonte se transformou em uma ilha de abandono, somente lembrado quando Belo Horizonte discute eventos do porte da Copa do Mundo ou quando os níveis de congestionamentos atingem situações dramáticas. No resto do tempo, conversa-se mais sobre duplicação de avenidas. Em segundo lugar, existe a questão técnica da expansão da malha atual que deveria caminhar para áreas onde a desapropriação tem alto custo. Por exemplo, as áreas hospitalar e Savassi. Teríamos que batalhar por uma extensão do metrô para tais áreas para que ele pudesse ganhar demanda, já que a atual capacidade é alta para os atuais níveis de demanda. As atuais propostas de expansão abrangem áreas de grande densidade populacional como o Betânia, por exemplo, mas não abrange áreas de atenção política como o centro e Savassi. Finalmente, uma terceira dificuldade é a influência dos sistemas de ônibus nas esferas de decisão. O metrô perdeu representatividade política e o sistema de ônibus tem tal representatividade cada vez mais forte.
O Governo Federal tem favorecido imensamente seus aliados políticos para liberação de verbas de metrô. Exemplos mais marcantes, Salvador e Recife. Isso além de Brasília que é a casa do Governo Federal. Outras cidades ficaram sem verbas durante vários anos, como o Rio de Janeiro, e somente no governo atual, aliado do Governo Federal, os recursos voltaram. Em compensação, cidades como Belo Horizonte e Porto Alegre viram suas verbas secarem desde a ocupação do Governo do Estado por não aliados. Alguém pode alegar que o sistema de metrô é municipal e não tem muito a ver com o Estado. Não é verdade pois a cultura de obtenção de verbas para metrôs no Brasil ultrapassa a barreira municipal já que os metrôs estão implementados nas capitais com suas regiões metropolitanas. Por isso, implantar metrô tem magnitude estadual e federal. Uma outra questão importante é que os projetos de metrô de Belo Horizonte jamais ultrapassaram os limites de planejamento da capital. O metrô precisa envolver outras cidades para que o projeto ganhe força política, mas isso nunca foi feito. Inclusive, tem cidades na RMBH que são contra o metrô e tem até projetos paralelos.
O metrô vem aí - Publicidade de 1985 em BH...
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O Governo Federal é mudo em relação ao metrô de BH. A alegação é de que não existe projeto de metrô apresentado em tempo hábil. Perdemos a expansão do metrô para a Copa do Mundo justamente por tal alegação. Só que nenhuma pressão política foi exercida para inserção do metrô de Belo Horizonte no PAC em 2007. Ou seja, estamos com um sistema de metrô sem guardião da causa, sem um padrinho, sem um conjunto de ações que possam pressionar o Governo Federal a liberar as verbas. Daí a posição confortável do Governo Federal em não precisar de responder a uma demanda que é feita com muito fragilidade.
As necessidade de expansão são muitas!
A – As linhas de metrô, por uma questão histórica, seguem antigas linhas ferroviárias de carga (isso porque ficava mais barato). Essas linhas não atendem aos principais focos de demanda da RMBH.
B – As linhas atuais tem concorrência do sistema de ônibus, como é o caso do Corredor da Avenida Amazonas e Cristiano Machado.
C – A integração com o sistema de ônibus é fraca, e não explora os potenciais, por uma questão de disputa por passageiros entre os dois sistemas.
D – O metrô não tem integração metropolitana, ou seja, ele é considerado um sistema de Belo Horizonte e criado para atender BH somente.
E – O metrô não atende áreas de influência social, política, administrativa e econômica como Centro, Savassi, Região Hospitalar, Pampulha, etc.
F – Deve se expandir para Pampulha, Centro, Região Hospitalar. Em uma segunda etapa para importantes cidades da RMBH como Nova Lima, Betim, Confins e Santa Luzia.
O metrô vem aí - Publicidade de 1985 em BH...
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Sendo BH uma cidade montanhosa, é possível realizar a expansão em áreas mais centrais, onde há mais demanda? É possível sim, com bastante criatividade. Por exemplo, em região de montanha como o alto da Afonso Pena, e outras iguais, pode-se ter uma integração entre o metrô e trolleybus e outros sistemas que se dão bem com rampas mais elevadas. Em outras situações, o metrô tem que ser subterrâneo, que, apesar de mais caro, facilita a transposição de locais com tais características topográficas. Hoje em dia, tecnologias para se vencer regiões montanhosas são viáveis. O argumento da região montanhosa para metrô já foi abolido no mundo inteiro.
Listo a seguir os principais pontos de propostas de forma também bastante pragmática para facilitar as ações diretas de vocês:
A – Implementação imediata da expansão que já tem projeto, que é a linha dois que atende a uma região de demanda interessante, incluindo o Betania.
B – Discussão com a população sobre a expansão (forma, timing, etc.) para outras regiões de BH como Pampulha e Hospitais.
C – Revisão do modelo de integração do metrô com o sistema de ônibus.
D – Implantação de sistemas integrados de metrô, ônibus e trolleybus.
E – Inserção do projeto do metrô nas políticas públicas de trânsito de todas as cidades da RMBH.
F – Pensar na questão da estadualização do metrô e possíveis parceiros com outros agentes da sociedade (empresas privadas? Por exemplo).
O Metrô de Belo Horizonte tem 28,2 km de extensão, com cerca de 30 anos de implementação – isso significa 940 metros de linhas implementadas por ano – uma das menores do mundo e a menor do Brasil – considerando que o projeto está em expansão.
O Metrô de Belo Horizonte transporta 150 mil passageiros por dia em seus 28,2 km – taxa igual a 5.319 passageiros por km (SP = 60.655, Nova York = 14.070 só que com 398 km ou seja 14 vezes maior que Belo Horizonte; Tóquio = 31.794 ; Cidade do México = 20.398 e com 201 km ; Santiago = 28.571 e com 84 km ; e Buenos Aires = 15.909 e com 44 km). Ou seja, além de menor que todos os outros, tem densidade passageiro/km muito menor também. Isso mostra que o Metrô de BH é pequeno e com baixa demanda, ou seja, está atendendo as regiões erradas.
Considerando uma população de 5 milhões de habitantes para a RMBH, o metrô atende ao equivalente a 3% dessa população por dia (Nova York atende a 24% da população ; Paris atende a 36% da população ; Santiago atende a 44% da população; Cidade do México atende a 18% ; São Paulo atende a 19%).
No Governo Fernando Henrique Cardoso, o metrô de BH ganhou seis novas estações. No governo Lula? ZERO!
Informações cedidas gentilmente pelo Paulo Resende, Ph.D.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

CBTU-Metrô BH registra aumento de passageiros


07/07/2010 - CBTU
Com a ampliação da bilhetagem eletrônica e o aumento das linhas integradas, o Metrô de BH registrou um aumento de 2,5 milhões de passageiros no primeiro semestre de 2010. Esse acréscimo corresponde a 12%, na comparação com o mesmo período de 2009. O aumento mais evidente é na Estação Eldorado, que contabilizou crescimento de cinco mil novos embarques por dia, entre janeiro e maio.
O aumento diário gerado pela Cidade Administrativa e estimado pelo Metrô em cerca de 500 novos embarques por dia para todo o percurso, também vem gerando reflexos na elevação de demanda em várias estações, com maior destaque para os terminais integrados de Eldorado e Central, que juntos respondem por quase 30% do percentual geral de embarques.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Metrô BH não é para Copa de 2014


14/06/2010 - O Tempo
Em entrevista exclusiva para O TEMPO, o presidente Lula garante o BRT em Belo Horizonte para a Copa de 2014, mas diz que investimentos no metrô ainda serão analisados. Lula também fala de obras na BR 381 e afirma que Dilma Rousseff pode vencer qualquer adversário.
Uma das principais reivindicações dos moradores de Belo Horizonte é a ampliação do metrô, que tem apenas 28 km. Sua última expansão ocorreu no governo FHC, quando foram incorporados mais de seis quilômetros de trechos e construídos quatro estações e cinco terminais de integração com ônibus. No seu governo, até agora, o metrô não ganhou um quilômetro sequer e nenhuma melhoria relevante. Todos os estudos de viabilidade urbana da capital mineira, uma das cidades-sede da Copa de 2014, apontam que a ampliação do metrô é fundamental. O governo Lula pode garantir aos mineiros que eles terão o metrô ampliado até a Copa de 2014? Os investimentos no metrô de Belo Horizonte totalizam R$ 167 milhões no meu governo, abrangendo a conclusão do projeto da Linha 1, com a construção do pátio de manobra e obras de melhoria e de acessibilidade nas estações. Os projetos de engenharia das linhas 2 (trecho Calafate-Hospitais) e 3 (trecho Savassi-Pampulha), ao custo de R$ 14 milhões, estão em fase de elaboração e têm data de entrega prevista para o próximo mês de outubro. Mas estes projetos são para atender às necessidades da cidade de maneira geral e não da Copa. Como prioridades para a Copa de 2014, o governo federal já selecionou, em conjunto com a Prefeitura de Belo Horizonte, quatro projetos de BRT (sigla, em inglês, para "Ônibus de Trânsito Rápido") e outras obras de mobilidade urbana que representarão investimentos de R$ 1,522 bilhão (com financiamento público federal de R$ 1,023 bilhão). O PAC 2 prevê investimentos de R$ 18 bilhões para obras de mobilidade urbana, incluindo metrôs, nas principais cidades do país. Ainda neste semestre, com o início do processo de seleção de projetos, serão retomadas as discussões sobre a expansão do metrô da região metropolitana de Belo Horizonte.
A BR-381, que liga Minas a São Paulo e por onde passa quase 40% do PIB dos dois Estados, é conhecida como rodovia da morte. O trecho que liga BH ao Vale do Aço é o mais problemático. A situação tende a se agravar porque grandes companhias siderúrgicas da região desengavetam planos de expansão. O então governador Aécio Neves chegou a propor ao governo federal a estadualização da rodovia em troca da Cide e verbas federais, mas não foi bem-sucedido. Quanto o seu governo investiu nessa rodovia, sobretudo no trecho mencionado? Há investimentos previstos especificamente para a 381? No trecho Belo Horizonte - Vale do Aço, do ano de 2005 até o momento, já foram investidos R$ 300 milhões aproximadamente em obras de restauração, de manutenção e sinalização. A BR-381 foi incluída no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e continua contemplada na segunda fase do programa, o PAC 2. Além disto, os estudos do governo concluíram que não seria viável fazer concessão no trecho Belo Horizonte-Governador Valadares, e foi decidido que a União vai executar a duplicação por meio do Dnit. De imediato, o governo federal contratou os serviços para elaboração do projeto executivo para a adequação/duplicação dos 310 quilômetros deste trecho da rodovia, dividido em dez lotes. A elaboração dos projetos de oito lotes está em andamento e a previsão é que seja finalizada em setembro e o edital de licitação seja publicado em dezembro de 2010. Você se refere apenas à BR-381, mas em relação às rodovias nós temos um grande volume de iniciativas no Estado. Hoje, por exemplo, além das licitações que estamos abrindo, vamos inaugurar as obras de duplicação e pavimentação de 309 km de rodovias e assinar 29 contratos autorizando o início de obras de pavimentação, duplicação ou restauração de mais 2.179 km. São obras integrantes do PAC, cujos investimentos chegam a R$ 2,7 bilhões. Aliás, Minas Gerais é o Estado que tem a maior malha rodoviária federal (13,7% do total) e o que recebe o maior volume de investimentos federais em rodovias.
Um dos principais problemas de infraestrutura do país são os aeroportos. Segundo o Ipea, os dez principais do país já estão estagnados. O governo anunciou investimentos de R$ 5,3 bilhões nas unidades das cidades-sede da Copa, mas o valor é insuficiente. A situação vai se agravar, já que, segundo o Ipea, a demanda vai triplicar em 20 anos. O que o governo vai fazer para resolver esse problema? É o caso de privatizar tudo? Liberar o mercado brasileiro para o investimento privado (local e estrangeiro)? Estão circulando muitas informações desencontradas em relação à questão dos aeroportos. Tem gente que parece querer entregar o filé mignon para a iniciativa privada e deixar o osso para o Estado. Nós temos que ser cuidadosos, pragmáticos, e trabalhar pelo interesse público. Como o Brasil é um país de dimensões continentais, a viação aérea desempenha um papel fundamental e estratégico em relação à logística de transportes. Nesse sentido, tanto a Infraero quanto o investidor privado têm um papel a desempenhar. Basta ver as obras e exploração do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte, que nós vamos entregar a uma concessionária privada. Mas, na maioria dos aeroportos decisivos, a Infraero continuará fazendo o seu trabalho. Só em Confins, a estatal vai investir quase R$ 400 milhões até a Copa, e as obras já começam nos próximos meses. O que nós não podemos fazer é nos precipitar, porque senão quem vai perder é toda a sociedade. É só ver o que fizeram no passado com as ferrovias. Até hoje as indústrias sofrem com a falta de concorrência. Sobre o estudo do Ipea, não é verdade que os dez principais aeroportos do país estão estagnados. É evidente que o movimento cresceu muito, resultado do progresso social do nosso país, já que proporcionamos a entrada de 31 milhões de brasileiros na classe média. Isto significa que temos de pensar não apenas na Copa. Há uma explosão de demanda e isso é muito bom. Em abril, por exemplo, houve um crescimento de nada menos que 23,5% na demanda do transporte aéreo doméstico em relação a abril do ano passado. Mas a situação está longe da que foi pintada pelo Ipea. Essa informação, de estagnação, já foi desmentida pelo ministro Jobim - os autores do estudo cometeram um engano e usaram dados errados de capacidade dos aeroportos. Por exemplo, eles disseram que Pampulha tinha capacidade de cinco pousos ou decolagens por hora, quando na verdade tem 12, e só oito são usados pelas empresas. Em Confins, o Ipea disse que a capacidade era para 16 voos, mas na verdade é para 24, e só 20 estão sendo usados. Então, vamos ter tranquilidade que o governo está fazendo a sua parte.
O senhor acha que o ex-governador Aécio Neves seria um adversário mais difícil para a ex-ministra Dilma Rousseff do que o José Serra? E a entrada dele na chapa tucana seria capaz de definir o resultado das eleições? O que estará em discussão nas próximas eleições é se o projeto político do governo atual agradou aos brasileiros. Não podemos ficar discutindo nomes ou adversários. O que temos que ter muito claro é se o planejamento destes anos e as mudanças que foram promovidas vão merecer um voto de confiança do povo. Eu estou convencido de que a população brasileira não quer andar para trás. Além do mais, quem se dispõe a disputar, por exemplo, a Copa do Mundo, não pode escolher adversários. Tem que ter confiança e capacidade para vencer caindo em qualquer chave.
Que placar o senhor arrisca para o jogo de amanhã entre Brasil e Coreia do Norte? Eu acho que o Brasil estreia com vitória. Tenho a certeza de que a seleção, orientada pelo Dunga, não vai entrar de salto alto no jogo, ou seja, não vai menosprezar a Coreia do Norte. A gente não pode esquecer que a seleção asiática só participou de uma Copa, a de 1966, e provocou estragos - desclassificou a Itália, que na época já era bicampeã mundial, assim como o Brasil, e no jogo seguinte, contra Portugal, começou fazendo três a zero. Os portugueses levaram um susto e só não perderam porque tinham um cracaço, o Euzébio, que marcou quatro, e foi determinante para a virada por cinco a três. Como ainda estamos em processo de superação de contusões e de entrosamento da equipe, meu palpite é que vamos jogar o suficiente para vencer. E vencer bem.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

PBH tenta atrair empresas para nova rodoviária e o BRT


10/6/2010
O Tempo (MG)


A Prefeitura de Belo Horizonte espera atrair até 2012 cerca de R$ 600 milhões em investimentos por meio do modelo de Parceria Público-Privada (PPP) para obras de infraestrutura na capital mineira, exceto os projetos de expansão do metrô. Hoje, a PBH lança o Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), uma espécie de consulta pública, em busca de interessados nos projetos de concessão que devem durar até 20 anos, Estão incluídas a construção do centro de convenções da avenida Cristiano Machado e do espaço gastronômico do Cruzeiro, onde hoje funciona o mercado distrital. O prazo para o recebimento das propostas é de 60 dias.
       
Para atrair os investimentos, a PBH precisa criar uma empresa de ativos, com recursos entre R$ 1,2 bilhão e R$ 1,5 bilhão, para dar garantias aos negócios. A administração municipal também buscaviabilizar parcerias para a construção do novo terminal rodoviário, do hospital metropolitano, estacionamentos subterrâneos e de estações para o ramal de transporte rápido urbano, BRT (Bus Rapid Transit).
A expectativa é que as licitações ocorram entre o segundo semestre deste ano e o primeiro semestre de 2011. Ontem, o prefeito Marcio Lacerda e o presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) fizeram a apresentação dos projetos a representantes de bancos privados, fundos de pensão, consultorias, construtoras e empresas. "Parte importante dos investimentos da prefeitura virá da iniciativa privada por meio de concessões ou PPPs", disse Lacerda.
           
A participação da prefeitura será com a alocação de recursos ou por meio da cessão de terrenos. De acordo com o presidente do BDMG, Paulo Paiva, a instituição poderá atuar na construção das modelagens de parceria, na intermediação dos negócios e no financiamento dos projetos.

PAC 2 prevê levar o metrô até o Novo Eldorado, em Contagem.       
Segundo o prefeito Marcio Lacerda, do total de cerca de R$ 18 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2 para a área de mobilidade, uma "parcela considerável" será destinada ao metrô.
           
Cerca de R$ 1,026 bilhão já estariam assegurados para a capital mineira, com vistas à Copa do Mundo de 2014. Lacerda disse que foram incluídos no projeto de PPP do metrô mais dois quilômetros de extensão até o bairro Novo Eldorado, em Contagem, que terá ainda uma rodoviária anexa. Outro projeto prevê a construção de um ramal de transporte de massa, ligando a estação Vilarinho ao Centro Administrativo. O modelo de PPP, no entanto, precisa do aval do presidente Lula. "É uma decisão política. Achamos que a PPP é mais viável", disse Lacerda. (ZM)

quarta-feira, 26 de maio de 2010

BHTrans descarta ampliação do metrô para a Copa de 2014




O gerente da Coordenação de Mobilidade Urbana da BHTrans, Rogério Carvalho Silva, descartou nesta quarta-feira a possibilidade de ampliação do metrô de Belo Horizonte para a Copa do Mundo de 2014, que será disputada no Brasil. Ele foi ouvido pela Comissão de Turismo, Indústria, Comércio e Cooperativismo da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em audiência para debater futuras intervenções viárias na capital.Segundo o representante da BHTrans, a aposta será no Bus Rapid Transit (BRT), sistema de corredores expressos de ônibus articulados em vias consideradas estratégicas da cidade – uma das sedes do Mundial. O curto tempo disponível para as obras e o alto custo da operação são os principais fatores que inviabilizam a ampliação do metrô. "Não adianta esperarmos mais 10 anos pelo metrô. Precisamos de uma solução urgente, e o BRT é uma alternativa concreta", afirmou.
Rogério Carvalho alegou ainda que o BRT ficará 90% mais barato que o metrô, e o sistema será capaz de transportar grande volume de passageiros com eficiência e conforto. "Haverá monitoramento eletrônico, que permitirá, por exemplo, o controle de tráfego de cada veículo. Assim, o passageiro saberá exatamente o tempo que falta para que sua condução chegue à estação, de onde o embarque será feito em nível", explicou. A intenção da Prefeitura é implantar o BRT nas Avenidas Cristiano Machado, Antônio Carlos e Carlos Luz.
Além do BRT, o diretor-operacional da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), Roger Gama Veloso, explicou na audiência que outras obras viárias serão feitas em Belo Horizonte para o Mundial, entre elas a Via 710, o alargamento da Avenida Pedro I, que exigirá a desapropriação de imóveis residenciais e comerciais ao longo da via, e o complexo da Avenida Abrahão Caram.

Fonte: Uai Minas

segunda-feira, 10 de maio de 2010

CBTU lança editais de 25 TUEs neste semestre



10/05/2010 - Revista Ferroviária

A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) deve licitar ainda neste semestre 25 TUEs (Trem Unidade Elétrica) com quatro carros cada. Dez trens serão para o Metrô de Belo Horizonte (MG) e 15 para o Metrô de Recife (PE).
A data de lançamento dos editais não está definida, mas segundo a CBTU, a expectativa é que o lançamento ocorra ainda neste semestre. Os editais serão separados, um para Recife e outro para Belo Horizonte.
As audiências públicas sobre a aquisição dos TUEs foram realizadas em novembro do ano passado (Recife) e janeiro deste ano (Belo Horizonte).
Poderão concorrer às licitações empresas e/ou consórcios nacionais ou estrangeiros. O vencedor será o que apresentar o menor preço, entre as habilitadas. Em caso de empate, a preferência será para a indústria nacional, em conformidade com a lei 8666/93.
A Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer) defende que os critérios utilizados sejam os da lei de licitações para “garantir a isonomia da indústria nacional”.
Assim, deverão ser computados no preço de empresas sediadas no exterior todos os tributos suportados pelas empresas nacionais e ser considerado um mesmo local de destino para se definir o menor preço, ou seja, deverão ser agregados ao preço de importação os custos de frete, as taxas de desembaraço aduaneiro, entre outros.
Segundo a Abifer, com as propostas colocadas na mesma base de comparação, o que não ocorria, torna-se real a oportunidade de se fabricar os equipamentos no Brasil, com geração de empregos aqui, e não lá fora.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

METRÔ-BH ganha nova linha integrada em Vilarinho

07/05/10 - CBTU

A CBTU METRÔ-BH recebe uma nova linha integrada, que vai facilitar os deslocamentos de visitantes e de servidores estaduais para a Cidade Administrativa.

Com a linha, já são 5 (cinco) linhas que circulam nos terminais São Gabriel e Vilarinho, que representam maior ganho para a população e para o sistema de integração na capital.