sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Pesquisa identifica perfil dos usuários do metrô de BH

26/11/2014 - CBTU

A CBTU Belo Horizonte iniciou as atividades da pesquisa que vai identificar as características dos usuários do sistema. A iniciativa busca levantar informações sobre o perfil dos passageiros, hábitos de viagem e a satisfação das pessoas em relação ao metrô da capital. Cerca de 1,3 mil entrevistas serão realizadas até 4 de dezembro, entre 6h e 22h, em todas as estações do sistema.
 
O metrô conta com a participação dos passageiros para colher dados que serão utilizados como base para o desenvolvimento de ações que possam aprimorar o serviço prestado. Os passageiros serão abordados, aleatoriamente, nas plataformas das estações.
 
Entre os temas que compõe o levantamento estão: atendimento, tempo de espera, acessibilidade, estrutura disponível nos trens e estações, qualidade dos serviços e satisfação do usuário.
 
Canais de comunicação: A pesquisa avalia ainda os canais de comunicação disponíveis como: caixas de sugestão, site, quadros informativos e atendimentos telefônico e eletrônico, além de iniciativas de responsabilidade social desenvolvidas pela Companhia.
 
Novidades: Pela primeira vez, será avaliada a utilização da estação Horto para chegar ao Estádio Independência e as mudanças na estação Vilarinho após a inauguração do Shopping Estação BH. A pesquisa 2014 também traz uma pergunta sobre o trem acoplado, composição com oito carros, o dobro da convencional, que disponibiliza dois mil lugares, diariamente, a mais no pico da manhã. As campanhas de gentileza urbana promovidas no metrô também estreiam na pesquisa deste ano.
 
Serviço: Pesquisa Perfil Usuário
Datas: até 4/12
Horário: 6h e 22h
Local: Todas as estações do metrô

domingo, 23 de novembro de 2014

Burocracia trava obra do metrô em Belo Horizonte

21/11/2014 - O Tempo

Uma das grandes promessas para a melhoria do transporte público em Belo Horizonte é a ampliação da atual Linha 1 do metrô da capital e a criação das Linhas 2 e 3. Ainda que a passos lentos, as duas primeiras já tiveram projeto executivo aprovado, mas podem não sair do papel tão cedo por causa de um entrave trabalhista. Assim como em outros Estados, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) está transferindo os metrôs para governos estaduais e municipais, mas só será possível continuar a expansão quando a Metrominas assumir completamente o serviço.


De acordo com a assessoria do Ministério das Cidades, para que o processo seja concluído, deverá haver transferência tanto dos ativos (bens e patrimônio) quanto dos atuais funcionários. A pasta alega que, como a Metrominas não tem plano para absorver os funcionários, o processo não foi concluído. Pela atual proposta, apenas o patrimônio da empresa estaria incluído na mudança, ferindo a Lei 8.639/93, que prevê a transferência completa – tanto ativos quanto de pessoal – das unidades da CBTU para governos locais.

Além disso, de acordo com a advogada Térsia Brito, os empregados transferidos em casos de sucessão de empresas terão que seguir a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) de sucessão, e o sucessor responde pelos direitos trabalhistas dos empregados já existentes.

"Configura-se uma sucessão entre empresas quando há a continuidade de exploração do negócio. Nesse caso, elas vão fazer o mesmo tipo de serviço, que é o transporte, configurando-se a sucessão. Então, tem que haver transferência", explica Térsia, especialista na área do direito cível.

Modelos. A Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas de Minas Gerais (Setop-MG) informou que reformas, ampliação e construção das Linhas 1 e 2 dependem de autorização do Ministério das Cidades, bem como a assinatura do convênio que transfere os bens patrimoniais, administrativos e operacionais da CBTU para a Metrominas.

Ainda segundo a pasta, o governo estadual aguarda posicionamento da União sobre termo de delegação e transferência encaminhado no ano passado.

O Ministério das Cidades declarou que a forma legal da transferência está sendo decidida. Em nota, o órgão cita como exemplo os Estados Bahia e Ceará, que fizeram a transferência – inclusive de funcionários – para os órgãos estaduais e já operam metrôs.

Cronograma

Conclusão. Em agosto, quando o metrô da capital fez 24 anos, a reportagem de O TEMPO mostrou que, se o cronograma de obras for mantido, a expansão deve terminar em cinco anos.

Saiba mais sobre o sistema

Linha 1. Em operação, vai da Estação Vilarinho, na região Norte da capital, à Eldorado, em Contagem, na região metropolitana. Novo projeto prevê reforma e ampliação, com criação de duas estações: Nova Suissa, na região Oeste, e Novo Eldorado, em Contagem.

Linha 2. O projeto executivo, que prevê 10,5 km, foi concluído, mas as obras estão paradas há dez anos. O leito de passagem dos trilhos foi construído, e terraplenagem e desapropriações foram iniciadas. O projeto prevê sete novas estações entre os bairros Nova Suissa e o Barreiro.

Linha 3. Subterrânea, é a mais complexa. Ainda nem teve o projeto executivo aprovado. Foram feitos estudos e sondagens. A Caixa Econômica Federal aguarda adequações do projeto, para liberar os recursos. Serão 4,5 km de extensão, entre os bairros Lagoinha, na região Noroeste, e Savassi, na região Centro-Sul, passando pelo centro, com seis estações no total.

Valor. Foram pleiteados R$ 2,4 bilhões para a obra da Linha 3. Em abril do ano passado, o Estado assinou com a União termo para a transferência de R$ 52 milhões para projetos de engenharia das três linhas – R$ 28 milhões já foram liberados.

Por Bárbara Ferreira
Informações: O Tempo

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

CBTU apresenta primeiro trem da nova frota do metrô de Belo Horizonte

06/11/2014 - Estado de Minas

As novas composições terão ar condicionado, janelas e portas amplas, além de mapa eletrônico luminoso que vai informar as estações percorridas

Veículos estarão disponíveis a partir do ano que v
Veículos estarão disponíveis a partir do ano que vem
créditos: Estado de Minas
 
O primeiro trem da nova frota do metrô de Belo Horizonte foi apresentado à imprensa na tarde desta quarta-feira, no Pátio de Manutenção Eldorado, em Contagem. Por enquanto, apenas uma das dez novas composições foram expostas. Ao todo, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) investiu R$ 171,9 milhões nos veículos que, a partir do ano que vem, devem aumentar o número passageiros por dia, saindo dos atuais 230 mil para cerca de 340 mil/dia.
 
Entre as novidades estão uma série de itens que buscam proporcionar mais conforto aos passageiros, tais como ar condicionado duplo, janelas amplas e portas mais largas. O design também fica mais moderno, com contornos arredondados e futuristas, além do emprego de tecnologia sustentável. O sistema de iluminação contará com luminárias a LED, mais duráveis e econômicas. As composições também serão equipadas com dispositivos que reaproveitam energia elétrica durante a frenagem, reduzindo os custos de manutenção e colaborando com o meio ambiente.
 
Sem divisões internas entre carros, os salões do novo trem serão integrados, formando um amplo corredor entre um carro e  outro. Assim, o passageiro poderá se deslocar livremente entre os quatro carros, acomodando-se no local de sua preferência e facilitando a circulação de pessoas.
 
A partir de janeiro do ano que vem, as viagens de metrô também contarão com um mapa eletrônico luminoso, que irá informar as estações percorridas. Painéis de LED irão exibir data, horário, a próxima estação e o lado de desembarque. Segundo a CBTU, ainda não há previsão de reajuste no preço das passagens.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Governo investe quase R$ 172 milhões no metrô de BH

21/10/2014 - Blog do Planalto

O primeiro trem de um conjunto de 10 composições que integrarão a nova frota do metrô de Belo Horizonte desembarcou recentemente no Pátio de Manutenção São Gabriel, na região norte da capital mineira. São quatro carros que deixaram a fábrica, em Hortolândia e foram transportados por rodovia.

Com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2), a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) está investindo R$ 171,9 milhões na compra dos trens. No final deste mês, começa a fase de testes estáticos nas oficinas da CBTU Belo Horizonte e, em novembro, os testes dinâmicos em via. O primeiro dos novos trens começa a circular com passageiros a partir de janeiro de 2015. Todos os outros nove estarão em operação até agosto de 2015.

Cada trem, com quatro carros, tem capacidade de transportar em média 1.300 passageiros. Com a incorporação destes novos trens, a frota de Belo Horizonte passará de 25 para 35 trens. Com isso, a CBTU Belo Horizonte espera transportar cerca de 50% a mais em número de passageiros, saindo dos atuais 230 mil passageiros/dia para cerca de 340 mil passageiros/dia.

Os novos trens contam com dispositivos de regeneração de energia que reaproveitam energia produzida durante a frenagem dos trens, reduzindo os custos de manutenção e colaborando com o meio ambiente, por meio da utilização de baterias alcalinas e do emprego de lubrificantes ecologicamente corretos.

O novo trem do metrô de Belo Horizonte conta com assentos preferenciais para gestantes, idosos, passageiros com necessidades especiais, destacando-se a área reservada para cadeirantes com cinto de segurança e rampa de acesso para embarque/desembarque. As pessoas obesas passam a dispor de espaço equivalente ao de dois assentos comuns. Também haverá um intercomunicador adaptado aos cadeirantes, por carro, além dos intercomunicadores para os demais passageiros. Haverá ainda indicação luminosa amarela acionada, simultaneamente, com a campainha de portas, para alertar os deficientes auditivos.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Metrô de BH recebe novo trem que começará a operar em 2015

17/10/2014 - Estado de Minas

Novos trens vão entrar em operação no metrô de Belo Horizonte a partir do ano que vem. A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) confirmou a chegada do primeiro trem de um conjunto de 10 composições que vão integrar a frota da capital. Os vagões desembarcaram na quinta-feira e foram levados para o pátio de manutenção da Estação São Gabriel, na Região Nordeste da capital. 

Serão 10 trens de quatro carros, um total de 40 vagões. Os veículos foram comprados por meio de uma licitação lançada em outubro de 2012, com entrega das propostas em novembro de 2012 e o contrato assinado em dezembro de 2012. 

O investimento foi de R$ 171,9 milhões e a previsão para que o primeiro trem comece a operar em BH é janeiro de 2015.

Fonte: Estado de Minas
Publicada em:: 17/10/2014

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Novas linhas do metrô de BH só devem sair do papel em 2020

15/08/2014 - O Tempo - BH

O metrô de Belo Horizonte completa, neste mês, 28 anos, 12 deles sem nenhuma expansão, mas com muitos projetos e promessas. Nesta segunda-feira, no entanto, uma nova etapa da criação da Linha 3 pode ser concluída: a Metrominas – empresa formada pelo Estado e prefeituras de Belo Horizonte e Contagem em 2000 – deve entregar o último documento exigido pela Caixa Econômica Federal (CEF) para liberar os recursos para as obras. No caso da expansão da Linha 1 e da criação da Linha 2, que ao contrário da 3 não serão feitas com verba federal, mas sim por meio de uma parceria público-privada (PPP), faltaria apenas a assinatura de convênio por parte da União. Se o cronograma for mantido, a previsão é que novas linhas sejam concluídas em cinco anos. Assim, só em 2020 os trilhos serão vistos fora do papel.

A promessa de entregar o documento na segunda foi feita pelo presidente da Metrominas, José Eugênio Castro. Ele corresponde ao último detalhamento de gastos exigido pela Caixa para liberar os recursos. "Ao analisar as contas, a Caixa vai pedindo a abertura de vários itens. Ela pediu detalhamento de 80% dos custos. O projeto fala quanto custa a escavação do túnel, por exemplo, depois detalhamos quantos homens será preciso, qual a máquina. Até segunda-feira agora entregaremos o último documento pedido, mas não sabemos se serão solicitadas mais informações", explicou o presidente da Metrominas, José Eugênio Castro.



Procurado, o governo federal informou, em nota, que a complementação e a análise técnica do projeto estão dentro da previsão do Ministério das Cidades e a data-limite para essa conclusão é o fim deste ano. "Até o momento, o projeto da Linha 3 foi entregue parcialmente".

Ainda conforme a União, o metrô tem R$ 4 bilhões reservados desde 2012, que serão liberados a partir do andamento da obra. "O governo federal e o Estado assinaram um contrato para elaboração do projeto básico no valor de R$ 53,34 milhões (para intervenções em todas as linhas). A liberação é realizada de acordo com o desenvolvimento do projeto". Segundo Castro, o custo total da expansão será de R$ 6,5 bilhões – quase o dobro do previsto quando se começou a planejar as obras, em 2011.

PPPs. No caso das linhas 1 e 2, o entrave seria burocrático. "Só precisamos que a União assine o convênio passando a operação e o patrimônio do metrô para a Metrominas", explicou Castro. Segundo ele, em reunião nesta quinta, representantes da União se mostraram dispostos a tratar do convênio em um novo encontro, ainda sem data.

Assim que isso ocorrer, a Metrominas promete abrir a licitação para a empresa que vai operar o metrô por parceria público-privada (PPP) e fazer as obras das linhas 1 e 2. Apenas a construção da Linha 3 será feita por concorrência de menor preço e não PPP.

Virou notícia

Desperdício.Quando o metrô fez 25 anos, em 2011, O TEMPO mostrou que foram gastos R$ 84 milhões em obras inacabadas e em projetos que não saíram do papel nos dez anos anteriores.

Novas linhas do metrô de BH só devem sair do papel em 2020

15/08/2014 - O Tempo - BH

 O metrô de Belo Horizonte completa, neste mês, 28 anos, 12 deles sem nenhuma expansão, mas com muitos projetos e promessas. Nesta segunda-feira, no entanto, uma nova etapa da criação da Linha 3 pode ser concluída: a Metrominas – empresa formada pelo Estado e prefeituras de Belo Horizonte e Contagem em 2000 – deve entregar o último documento exigido pela Caixa Econômica Federal (CEF) para liberar os recursos para as obras. No caso da expansão da Linha 1 e da criação da Linha 2, que ao contrário da 3 não serão feitas com verba federal, mas sim por meio de uma parceria público-privada (PPP), faltaria apenas a assinatura de convênio por parte da União. Se o cronograma for mantido, a previsão é que novas linhas sejam concluídas em cinco anos. Assim, só em 2020 os trilhos serão vistos fora do papel.

A promessa de entregar o documento na segunda foi feita pelo presidente da Metrominas, José Eugênio Castro. Ele corresponde ao último detalhamento de gastos exigido pela Caixa para liberar os recursos. "Ao analisar as contas, a Caixa vai pedindo a abertura de vários itens. Ela pediu detalhamento de 80% dos custos. O projeto fala quanto custa a escavação do túnel, por exemplo, depois detalhamos quantos homens será preciso, qual a máquina. Até segunda-feira agora entregaremos o último documento pedido, mas não sabemos se serão solicitadas mais informações", explicou o presidente da Metrominas, José Eugênio Castro.

Procurado, o governo federal informou, em nota, que a complementação e a análise técnica do projeto estão dentro da previsão do Ministério das Cidades e a data-limite para essa conclusão é o fim deste ano. "Até o momento, o projeto da Linha 3 foi entregue parcialmente".

Ainda conforme a União, o metrô tem R$ 4 bilhões reservados desde 2012, que serão liberados a partir do andamento da obra. "O governo federal e o Estado assinaram um contrato para elaboração do projeto básico no valor de R$ 53,34 milhões (para intervenções em todas as linhas). A liberação é realizada de acordo com o desenvolvimento do projeto". Segundo Castro, o custo total da expansão será de R$ 6,5 bilhões – quase o dobro do previsto quando se começou a planejar as obras, em 2011.

PPPs. No caso das linhas 1 e 2, o entrave seria burocrático. "Só precisamos que a União assine o convênio passando a operação e o patrimônio do metrô para a Metrominas", explicou Castro. Segundo ele, em reunião nesta quinta, representantes da União se mostraram dispostos a tratar do convênio em um novo encontro, ainda sem data.

Assim que isso ocorrer, a Metrominas promete abrir a licitação para a empresa que vai operar o metrô por parceria público-privada (PPP) e fazer as obras das linhas 1 e 2. Apenas a construção da Linha 3 será feita por concorrência de menor preço e não PPP.

Virou notícia

Desperdício.Quando o metrô fez 25 anos, em 2011, O TEMPO mostrou que foram gastos R$ 84 milhões em obras inacabadas e em projetos que não saíram do papel nos dez anos anteriores.

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Só o metrô vai evitar colapso do trânsito de BH em 2020

31/07/2014 - Hoje em Dia - BH

As tentativas de melhorar o transporte público em Belo Horizonte, com a implantação do sistema BRT/Move, ainda estão muito aquém do que a cidade precisa. Para os próximos seis anos, as ruas terão mais carros, sem necessariamente isso representar menor demanda pelos ônibus, segundo prognóstico da própria prefeitura. Sem acesso a um sistema eficiente de transporte, a expectativa é de um colapso já em 2020.

Caso o crescimento da frota continue no mesmo ritmo verificado pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) entre 2012 e 2013, Belo Horizonte entrará na próxima década com 2,1 milhões de veículos nas ruas – 500 mil a mais que os atuais 1,6 milhão. Diante desse cenário, segundo especialistas, são urgentes investimentos em transporte de massa, principalmente no metrô.

O modelo de ônibus implantado recentemente estará novamente defasado dentro de cinco anos, diz o especialista em trânsito Márcio Aguiar, professor da Fumec. "Mesmo com mais gente usando o transporte individual, a demanda pelo ônibus aumenta, a população cresce. Várias cidades do mundo estão privilegiando o metrô, o monotrilho e o transporte de veículos leves sobre trilho, mas por aqui estamos atrasados", afirma.

O Plano Plurianual de Ação Governamental da prefeitura é otimista. Pelo documento de metas, acredita-se que o metrô esteja pronto em 2020. As obras dependem, principalmente, de negociações entre governo do Estado e União. Nos próximos três anos, há previsão de verba para a ampliação da Linha 1, da Vilarinho ao Novo Eldorado (Contagem), e para a construção das linhas 2 (Barreiro-Calafate) e 3 (Savassi-Lagoinha).

Para alguns especialistas, o prazo dificilmente será cumprido. "São obras que demandam muito tempo. Só será possível falar quando ficarão prontas, de fato, quando for construída a primeira linha ou estação, mas o tempo de construção é superior a essa perspectiva", enfatiza o coordenador do curso técnico em trânsito do Cefet-MG, Guilherme Leiva.

O projeto da Linha 3 ainda está na fase burocrática. Passa por análise na Caixa Econômica Federal, que aguarda o envio, por parte do Estado, de informações complementares sobre a obra. O governo justifica não ter mandado a documentação por ser um projeto de alta complexidade. Já as outras duas linhas estão com estudos prontos, mas aguardam orçamento.

Com base no Plano Diretor de Mobilidade de Belo Horizonte (PlanMob-BH), a BHTrans reconhece a possibilidade de piora no trânsito em 2020 se não houver a reversão do cenário atual. "Para isso, trabalhamos com quatro pilares que são a política sustentável de mobilidade do município", diz o presidente do órgão, Ramon Victor Cesar.

Além do Move, considerado um sistema de transporte com bons resultados no trânsito, a prefeitura aposta nas ciclovias e no adensamento de áreas na cidade que desviariam parte do fluxo que hoje segue para o Centro.

EXEMPLOS

Grandes metrópoles do mundo investem no sistema de transporte de massa, como Seul (Coreia do Sul), onde foi possível reconstruir leitos de rios, antes transformados em avenidas. Em Belo Horizonte, a política ainda é de abrir espaço, a qualquer custo, para os carros. Um exemplo é o Boulevard Arrudas, que será ampliado nos próximos meses.

Serão empregados R$ 29 milhões na cobertura de um trecho de um quilômetro da avenida do Contorno, entre as ruas Carijós e Rio de Janeiro.

Pensado como alternativa para melhorar o fluxo de veículos, o boulevard já se mostra saturado, segundo especialistas, inclusive na obra inaugurada mais recentemente, um elevado na avenida Tereza Cristina, sobre a linha do metrô. "O tipo de intervenção não ajudou a melhorar o fluxo, que fica retido em horários de pico", diz o urbanista Manoel Teixeira, do departamento de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Minas.

Exemplos em outras cidades

Segundo o especialista em trânsito Márcio Aguiar, a China tem hoje um dos melhores sistemas metroviários do mundo. No Brasil, ele destaca o Rio de Janeiro e São Paulo, que estão com ampliações previstas. "O metrô de BH não funciona, é pequeno, não atende à população", reforça.

A integração entre os modais também é fundamental para a melhoria do trânsito. Para isso, são necessários mais investimentos nos corredores do Move, da rede cicloviária e a retirada do trânsito de passagem de dentro da cidade, principalmente da área central. "Também pensando na melhoria para o pedestre. As propostas devem ser integradas", diz o professor Guilherme Leiva.

Prefeitura planeja apenas uma obra do Move em 2015

Com previsão de encerrar 2015 com as contas no vermelho, a Prefeitura de Belo Horizonte planeja executar apenas uma obra de mobilidade urbana de grande porte ano que vem. Entre as quatro metas da administração do prefeito Marcio Lacerda (PSB) está a implantação de um corredor exclusivo para ônibus (BRT/Move) na avenida Amazonas, que corta a região Oeste da capital. A PBH deve fechar 2015 com déficit de R$ 343 milhões.

As diretrizes para a composição do orçamento 2015 foram encaminhadas nessa quarta-feira (30) pelo presidente da Câmara, vereador Léo Burguês (PSDB), ao prefeito Marcio Lacerda, após análise do Legislativo. O documento contem metas previstas pela própria PBH.

Por meio de nota, a prefeitura confirmou as metas, mas disse que elas apenas balizam o orçamento. "Esta lei busca prover as definições que deverão ser observadas pela Lei Orçamentária Anual (LOA), que será encaminhada à Câmara Municipal de Belo Horizonte em 30 de setembro", informou. A administração não disse se pretende realizar outras obras de mobilidade.

Além da ampliação do BRT/Move para a avenida Amazonas, o relatório de diretrizes orçamentárias prevê a construção de mais ciclovias, implantação de cartão metropolitano e campanha para conscientizar a população sobre o uso da bicicleta.

RECURSOS

A nova etapa do BRT/Move terá cerca de 10 quilômetros ligando a Amazonas à avenida Tereza Cristina. Na mesma área, a PBH pretende construir uma ciclovia.

A receita prevista pela PBH para 2015 é de R$ 9,196 bilhões, enquanto despesas primárias somam R$ 9,539 bilhões, configurando déficit primário de R$ 343 milhões. O resultado primário, de acordo com normas da Secretaria do Tesouro Nacional, corresponde à diferença entre receitas e despesas não financeiras.

A PBH diz que empréstimos de 815 milhões irão cobrir o rombo e que o déficit é contabilizado porque não é permitido colocar na conta das receitas os financiamentos. "Desta forma, apesar de contabilizarmos na demonstração as despesas com as operações de crédito, não podemos contabilizar a receita destas operações, o que gera um "déficit" virtual", finaliza a nota.

Dívida de R$ 409 mi é fator de preocupação

O relatório encaminhado ao prefeito Marcio Lacerda para balizar a proposta orçamentária de 2015 alerta para uma dívida de R$ 409 milhões que pode ter que ser paga a qualquer momento, dependendo de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). O valor corresponde a precatórios atrasados.

Em março do ano passado o STF declarou parcialmente inconstitucional a Emenda 62/2009, permitindo o parcelamento em até 15 anos das dívidas de estados e municípios com precató-rios. Falta avaliar o impacto da medida.

"Na hipótese de prevalecer o entendimento do STF, sem modulação dos efeitos, o município pode ser compelido a pagar R$ 409.672.124", diz trecho do documento. A PBH não informou se tem reservas para cobrir a despesa. Limitou-se a informar que espera o STF editar normas de transição "que será o mais sensato a se fazer tendo em vista a dimensão do impacto nos caixas dos estados e municípios".

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Trilhos para chegar a Confins

19/06/2014 - O Tempo

Governo abre prazo de propostas para implantar transporte público do centro ao aeroporto

Por Bárbara Ferreira

O governo de Minas lança nesta quarta um Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) para a criação de projeto de transporte metropolitano sobre trilhos que ligará o centro de Belo Horizonte ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na região metropolitana da capital. O procedimento possibilita uma consulta geral em que todos os interessados – iniciativa privada, centros de pesquisa e universidades – podem apresentar sugestões de modelos que tenham o melhor custo-benefício. Especialistas ouvidos por O TEMPO destacam o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e o monotrilho como as melhores opções para o trecho. O PMI terá uma duração de 120 dias, e, ao fim desse prazo, o governo escolherá a melhor proposta de modal e traçado para o trecho.

O especialista em engenharia de transporte e trânsito Márcio Aguiar explica que o trecho não comporta o metrô porque é um ponto de demanda média. "Nesses casos, temos o VLT e o monotrilho. Os dois têm um custo aproximado e suportam a demanda da região. A principal diferença é que o monotrilho é suspenso e não altera o trânsito que já existe", revela o engenheiro.

Aguiar acredita que, nesse caso, o monotrilho traria mais benefícios, já que é suspenso e sua capacidade pode ser alterada de acordo com a demanda. "Nesse tipo de transporte, o número de vagões pode variar, alterando sua capacidade. Podemos trabalhar em Belo Horizonte com carregamento menor. O monotrilho é um sistema igual ao trem. Cada módulo pode carregar quase mil passageiros", avaliou.

Os custos, segundo ele, variam bastante. Para a instalação do monotrilho, seriam gastos aproximadamente R$150 milhões por quilômetro, enquanto o do VLT – que é mais barato – ficaria em R$ 100 milhões. No quesito rapidez, os dois modelos estão muito próximos, chegando a uma velocidade média de 80 km/h.

Para o professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e especialista em planejamento de transporte urbano Dimas Alberto Gazzola, os dois modelos são opções viáveis, mas o VLT é mais barato e, como não existem tantas ocupações urbanas no trecho, é uma opção melhor que o monotrilho. "O monotrilho é um exagero para a região. É uma distância muito grande para uma demanda relativamente pequena", afirma.

Uma sugestão do professor Marcio Aguiar é montar uma linha de monotrilho que saia da Lagoinha – onde pode convergir com o BRT e o metrô da capital – e que passe por cima do canteiro central da avenida Pedro II, passando pela Pampulha e indo até Confins.

Lançamento

Evento. O Projeto de Manifestação de Interesse (PMI) para o transporte será lançado pelo governador Alberto Pinto Coelho, nesta quarta, às 11h, no Palácio Tiradentes, na Cidade Administrativa.

Outros projetos

Contagem/Betim.  Os levantamentos para a implantação de um transporte de passageiros sobre trilhos entre Betim e Contagem, na região metropolitana da capital, estão previstos para começar ainda neste ano. No último sábado, a empresa Trem Metropolitano de Belo Horizonte (Metrominas), ligada à Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), publicou aviso de licitação para a contratação de estudos de engenharia para fazer o projeto executivo.

Linha. A ideia é usar uma linha ferroviária que já existe entre as duas cidades e que liga os bairros Jardim das Alterosas, em Betim, e Eldorado, em Contagem. A obra faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2, destinado à mobilidade urbana.

Trem. Existe também o projeto Trem (Transporte Sobre Trilhos Metropolitano), que prevê a reativação ferroviária e a operação do serviço de transporte de passageiros em parte dos 500 km de trilhos existentes na região metropolitana e no entorno.

Lotes. O projeto Trem é dividido em três lotes. O primeiro liga as cidades de Divinópolis, Betim, Belo Horizonte e Sete Lagoas. Já o segundo passa por Belo Horizonte, Brumadinho, São Sebastião das Águas Claras (Nova Lima) e Eldorado. O terceiro abrange Belo Horizonte, Nova Lima, Conselheiro Lafaiete e Ouro Preto.

Andamento. O projeto foi apresentado em 2011 e é de responsabilidade da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana. A reportagem de O TEMPO tentou entrar em contato com a agência para saber mais detalhes sobre o andamento do estudo, mas não conseguiu falar com os responsáveis.

Veículos suspensos são opção

O professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Dimas Gazzola afirma que, se a demanda for exclusivamente para usuários do aeroporto, outra opção seria um sistema com carros suspensos sobre trilhos.

Segundo ele, cada veículo suportaria seis passageiros e passaria pelas estações a cada um minuto. O professor explica que esse modelo já é usado em algumas cidades da Europa, mas ressalta que só seria viável caso fosse de uso exclusivo de passageiros do aeroporto.

Fonte: Jornal O Tempo - MG

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Trilhos para chegar a Confins: Governo abre prazo de propostas para implantar transporte público do centro ao aeroporto

18/06/2014 - O Tempo - BH

O governo de Minas lança nesta quarta um Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) para a criação de projeto de transporte metropolitano sobre trilhos que ligará o centro de Belo Horizonte ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na região metropolitana da capital. O procedimento possibilita uma consulta geral em que todos os interessados – iniciativa privada, centros de pesquisa e universidades – podem apresentar sugestões de modelos que tenham o melhor custo-benefício. Especialistas ouvidos por O TEMPO destacam o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e o monotrilho como as melhores opções para o trecho. O PMI terá uma duração de 120 dias, e, ao fim desse prazo, o governo escolherá a melhor proposta de modal e traçado para o trecho.

O especialista em engenharia de transporte e trânsito Márcio Aguiar explica que o trecho não comporta o metrô porque é um ponto de demanda média. "Nesses casos, temos o VLT e o monotrilho. Os dois têm um custo aproximado e suportam a demanda da região. A principal diferença é que o monotrilho é suspenso e não altera o trânsito que já existe", revela o engenheiro.

Aguiar acredita que, nesse caso, o monotrilho traria mais benefícios, já que é suspenso e sua capacidade pode ser alterada de acordo com a demanda. "Nesse tipo de transporte, o número de vagões pode variar, alterando sua capacidade. Podemos trabalhar em Belo Horizonte com carregamento menor. O monotrilho é um sistema igual ao trem. Cada módulo pode carregar quase mil passageiros", avaliou.

Os custos, segundo ele, variam bastante. Para a instalação do monotrilho, seriam gastos aproximadamente R$150 milhões por quilômetro, enquanto o do VLT – que é mais barato – ficaria em R$ 100 milhões. No quesito rapidez, os dois modelos estão muito próximos, chegando a uma velocidade média de 80 km/h.

Para o professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e especialista em planejamento de transporte urbano Dimas Alberto Gazzola, os dois modelos são opções viáveis, mas o VLT é mais barato e, como não existem tantas ocupações urbanas no trecho, é uma opção melhor que o monotrilho. "O monotrilho é um exagero para a região. É uma distância muito grande para uma demanda relativamente pequena", afirma.

Uma sugestão do professor Marcio Aguiar é montar uma linha de monotrilho que saia da Lagoinha – onde pode convergir com o BRT e o metrô da capital – e que passe por cima do canteiro central da avenida Pedro II, passando pela Pampulha e indo até Confins.

Lançamento

Evento. O Projeto de Manifestação de Interesse (PMI) para o transporte será lançado pelo governador Alberto Pinto Coelho, nesta quarta, às 11h, no Palácio Tiradentes, na Cidade Administrativa.

Outros projetos

Contagem/Betim.  Os levantamentos para a implantação de um transporte de passageiros sobre trilhos entre Betim e Contagem, na região metropolitana da capital, estão previstos para começar ainda neste ano. No último sábado, a empresa Trem Metropolitano de Belo Horizonte (Metrominas), ligada à Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), publicou aviso de licitação para a contratação de estudos de engenharia para fazer o projeto executivo.

Linha. A ideia é usar uma linha ferroviária que já existe entre as duas cidades e que liga os bairros Jardim das Alterosas, em Betim, e Eldorado, em Contagem. A obra faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2, destinado à mobilidade urbana.

Trem. Existe também o projeto Trem (Transporte Sobre Trilhos Metropolitano), que prevê a reativação ferroviária e a operação do serviço de transporte de passageiros em parte dos 500 km de trilhos existentes na região metropolitana e no entorno.

Lotes. O projeto Trem é dividido em três lotes. O primeiro liga as cidades de Divinópolis, Betim, Belo Horizonte e Sete Lagoas. Já o segundo passa por Belo Horizonte, Brumadinho, São Sebastião das Águas Claras (Nova Lima) e Eldorado. O terceiro abrange Belo Horizonte, Nova Lima, Conselheiro Lafaiete e Ouro Preto.

Andamento. O projeto foi apresentado em 2011 e é de responsabilidade da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana. A reportagem de O TEMPO tentou entrar em contato com a agência para saber mais detalhes sobre o andamento do estudo, mas não conseguiu falar com os responsáveis.

Veículos suspensos são opção

O professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Dimas Gazzola afirma que, se a demanda for exclusivamente para usuários do aeroporto, outra opção seria um sistema com carros suspensos sobre trilhos.

Segundo ele, cada veículo suportaria seis passageiros e passaria pelas estações a cada um minuto. O professor explica que esse modelo já é usado em algumas cidades da Europa, mas ressalta que só seria viável caso fosse de uso exclusivo de passageiros do aeroporto.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Projeto da linha 3 do metrô de BH é entregue à CEF

16/05/2014 - Aqui - MG


A Linha 3 do metrô de Belo Horizonte, cujo projeto foi entregue ontem pelo governo de Minas à Caixa Econômica Federal, terá um trajeto de 4,5 quilômetros em dois níveis e com quatro estações entre a estação da Lagoinha e a Savassi. Os túneis serão de 15 metros de diâmetro e os trilhos serão implantados em dois andares, de forma que todo o trajeto passe debaixo das ruas e não seja necessário nenhuma desapropriação em uma das regiões, que é uma dos mais valorizadas da cidade.

A partir de agora, o projeto será analisado pela Caixa e pelo Ministério das Cidades e, caso aprovado, um termo de compromisso pode ser assinado ainda esse ano para transferência de R$2,6 bilhões, verba estimada para a obra.

Segundo o secretário de Estado de Transporte e Obras Públicas, Fabrício Torres Sampaio, a solução encontrada para evitar que a obra seja atrapalhada pelas estruturas dos prédios da região da Savassi foi de construir o trecho em dois andares, no lugar de dois trilhos que passariam lado a lado. "Com esse modelo que adotaremos em BH, não teremos que entrar debaixo de prédios ou outras construções. O túnel será mais estreito para que toda sua extensão passe pelas ruas, de forma mais segura", explica Sampaio.

Para a abertura dos túneis está previsto o uso do sistema shield (em português, escudo), recomendado para obras de grande porte em centros urbanos. Uma das vantagens do projeto, segundo Sampaio, é que a obra será viável sem precisar de desapropriações.

O projeto prevê a construção de quatro novas estações: Praça Sete, entre a Avenida Afonso Pena e a Amazonas; Palácio das Artes, na Afonso Pena; Tiradentes, na Rua Pernambuco, próximo à Avenida Brasil; e Savassi, entre as Ruas Pernambuco e Fernandes Tourinho. Também está planejada a construção de um pátio de operações e manutenção para o metrô.

Segundo o secretário, a ideia é planejar a construção da nova Linha, deixando espaço para que novas expansões no futuro, principalmente com projetos já discutidos para se levar o metrô até a região da Pampulha.

Linha

Está prevista a construção de um trecho que ligará a região do Barreiro à uma nova estação que será construída no Bairro Nova Suíça. O trecho, de cerca de 10 quilômetros e que terá cinco novas estações, começou ser construído no início do ano 2000, mas está paralisado desde então.

Para essa obra, está prevista a assinatura de uma Parceria Público-Privada (PPP) e financiamento de recursos junto ao BNDES. Ao todo, para a construção das duas novas linhas e melhorias e extensão do trecho já existente até Contagem, foi estimado um montante de R$ 3,1 bilhões. Segundo o cronograma do PAC Grandes Cidades, o novo metrô da capital será entregue até 2017.

terça-feira, 15 de abril de 2014

Lançada licitação para linha que ligará Betim a Contagem

15/04/2014 - O Tempo / Hoje em Dia

Os levantamentos para a implantação de um transporte de passageiros sobre trilhos entre Betim e Contagem, na região metropolitana, devem começar ainda em 2014. No último sábado, a Trem Metropolitano de Belo Horizonte (Metrominas) publicou aviso de licitação para a contratação de estudos de engenharia para fazer o projeto.

A ideia é usar uma linha ferroviária já existente entre as cidades, que liga o bairro Jardim das Alterosas, em Betim, até o bairro Eldorado, em Contagem. "Nosso objetivo é conectar essa linha até a estação do metrô, possibilitando assim uma chegada mais rápida dos passageiros ao centro de Belo Horizonte", afirmou Diogo Prosdocimi, diretor executivo da Metrominas

O tipo de transporte que será utilizado dependerá dos resultados do estudo. "Pode ser um metrô, um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), um trem metropolitano ou outros meios que forem adequados para a região", disse Prosdocimi.

Dentre os itens que devem ser estudados estão a demanda de passageiros, as alternativas de traçado, a tecnologia que será utilizada, os projetos funcionais e básicos de engenharia – incluindo o planejamento das obras –, o licenciamento ambiental e o projeto de desapropriação de imóveis, caso seja necessário.

A abertura das propostas para empresas interessadas em fazer o projeto está marcada para o dia 16 de junho. A previsão é que os trabalhos sejam iniciados ainda neste ano, e o prazo de execução é de um ano a partir da ordem de início.

Metrô. Os estudos para ampliação do atual metrô da capital devem terminar até o fim deste mês. A expectativa é que as obras finalmente comecem no segundo semestre deste ano.

Jornal Hoje em Dia

Metrominas lança edital para transporte sobre trilhos entre Contagem e Betim

Até o dia 16 de junho, a Metrominas (Trem Metropolitano de Belo Horizonte S.A) recebe propostas de projeto de engenharia para um novo transporte de passageiros sobre trilhos ligando os municípios de Contagem e Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Entre os serviços previstos na licitação estão o estudo de demanda de passageiros, estudo de alternativas de traçado, definição de tecnologia, projetos funcionais e básicos de engenharia, inclusive planejamento de obras.

O edital, publicado no último sábado (12), ainda prevê que as empresas façam estudo de orçamento, licenciamento ambiental e projeto de desapropriação, pertinentes à implantação do serviço. A empresa escolhida terá 365 dias para fazer o projeto, cujos serviços estão orçados em R$ 13,5 milhões.

A abertura das propostas será no dia 16 de junho. O edital e anexos podem ser acessados através do site www.metrominas.mg.gov.br. A licitação para execução das obras só pode ser realizada após a conclusão do projeto, ou seja, a partir do segundo semestre do ano que vem. Ainda não há data prevista para o início das obras.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Espera no metrô de BH é maior entre principais linhas do país

28/10/2013 - O Tempo

Durante o percurso feito pela reportagem, na semana passada, o tempo de intervalo entre um metrô e outro chegou a 6 min


Por Luciene Câmara

Qualquer semelhança com um trem metropolitano não é mera coincidência. Além da aparência antiga dos vagões, o metrô de Belo Horizonte tem o maior tempo de espera entre uma composição e outra nos horários de pico em comparação com os outros cinco os principais serviços do país – São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Recife e Porto Alegre. Os usuários mineiros ficam entre 4 min a 7 min esperando o embarque nos momentos de maior movimento, o que é diferente dos modernos sistemas adotados em São Paulo e no Rio de Janeiro, onde o intervalo entre viagens gira em torno de 2 minutos.

O metrô mais demorado depois do de Belo Horizonte é Recife, onde o tempo de espera é de 5 min durante o pico. Já nos demais horários, a capital mineira fica em terceiro lugar entre os que têm maior intervalo, com 10 min, atrás apenas de Recife, com 15 min, e Brasília, com 14. "A frota é muito antiga. Se tivéssemos uma modernização, a espera seria menor", disse a presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro), Alda Lúcia dos Santos.

Velocidade. A lentidão também é observada no ritmo empregado pelo metrô ao longo do trajeto, segundo engenheiros em transporte. A velocidade comercial – que é a velocidade média para a composição percorrer toda a linha, incluindo as paradas – gira em torno de 40 a 45 km/h nas maiores redes de metrô do Brasil e do mundo, segundo o professor do departamento de engenharia de transportes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Dimas Gazolla.

Já a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que administra o metrô da capital mineira, informou, em nota, que a velocidade média da composição é de 38 km/h e que o tempo gasto para se fazer o percurso de 28,1 km da linha 1 – da estação Vilarinho à estação Eldorado – é de 44 min.

Porém, a reportagem de O TEMPO percorreu o trajeto completo da linha 1 e gastou 53 min – sem que houvesse qualquer parada atípica –, o que corresponde a uma média de 31,8 km/h. O mesmo ritmo foi observado nas demais viagens nos horários de pico. "O metrô da capital não consegue atingir uma velocidade maior porque não tem tecnologia de metrô, como dispositivo avançado de segurança, que permite a frenagem rápida em casos de acidente. Do ponto de vista técnico, ele é um trem urbano", afirmou Gazolla.

Na prática. Durante o percurso feito pela reportagem, na semana passada, o tempo de intervalo entre um metrô e outro chegou a 6 min – às 7h36 saiu uma composição e só às 7h42 saiu a seguinte, na estação Vilarinho. Em outros momentos de pico, a espera girou entre 4 e 6 min. Já nos demais horários, a reportagem chegou a ficar 14 min aguardando o trem na estação Central – também sem que houvesse qualquer aviso de pane aos usuários –, o que lotou a plataforma.

A CBTU informou que a frota atual é de 25 trens, e a última renovação ocorreu em 2001. Cada composição comporta 1.026 passageiros. Por dia, o metrô transporta 230 mil pessoas.

Quanto à velocidade média, a companhia alega que o ritmo é semelhante a dos outros sistemas brasileiros, podendo ser até maior que a do metrô de São Paulo, "que opera com uma velocidade comercial de 33 km/h na linha Azul". Já o metrô de São Paulo informou as composições transitam, no mínimo, a 40 km/h.

Melhorias

Reforço. Em julho deste ano, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) implantou duas viagens a mais por sentido, no horário de maior movimento – entre 18h e 19h, o que aumentou em 20% a capacidade.

Novos. A partir do segundo semestre de 2014, dez novos trens começam a circular na capital, e, com isso, a meta é reduzir o intervalo entre viagens e aumentar a velocidade máxima para 90 km/h.

Estudo. A CBTU informou que está fazendo, ainda, testes para checar se é possível circular com trens acoplados durante o pico.

Levantamento

Dados. O Ministério das Cidades está elaborando um banco de dados sobre a qualidade e o desempenho dos metrôs do país e outros serviços de transporte público. Ainda não há data para divulgação.

Fonte: O Tempo - MG

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Dilma anuncia investimentos em mobilidade para Minas Gerais

17/01/2014 - Agência Brasil

A presidente estará acompanha pelo ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro; montante faz parte dos R$ 50 bilhões que o governo federal decidiu investir no setor

Autor: Da redação | Postado em: 17 de janeiro de 2014 | Fonte:Agência Brasil

Presidente anunciará investimentos em mobilidade urbana
créditos: Sylvio Coutinho

A presidente Dilma Rousseff anuncia nesta sexta-feira (17), em Belo Horizonte, novos investimentos em mobilidade urbana para o estado de Minas Gerais. Ela estará acompanhada pelo ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro.

Marcada para agendada para esta manhã, a cerimônia marcará o repasse de recursos para as obras selecionadas pelo Pacto da Mobilidade Urbana. O montante faz parte dos R$ 50 bilhões que o governo federal decidiu investir no setor, além dos R$ 93 bilhões previstos, após as manifestações de junho, que reivindicavam, entre outras coisas, melhorias no transporte público.

De acordo com o Ministério das Cidades, a prefeitura de Belo Horizonte e a Caixa Econômica Federal vão assinar, no evento, contrato de financiamento para obras de mobilidade urbana do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Grandes Cidades e dois contratos de contrapartida do município para obras de mobilidade urbana, encostas, drenagem e pavimentação.

O ministério informou que R$ 5,4 bilhões já foram investidos em Minas Gerais para obras de mobilidade urbana do PAC, divididos em 19 diferentes empreendimentos. Os recursos são do Orçamento Geral da União (R$ 1,2 bilhão), de financiamento público com juros subsidiados (R$ 2,4 bilhões), do setor privado (R$ 1,2 bilhão) e de contrapartida do estado e do município (R$ 600 milhões).

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Metrô cresceu 13,5% em 2013: sete milhões de novos embarques

11/01/2014 - CBTU

O número de passageiros da CBTU-Belo Horizonte cresceu 13,5% em 2013, uma elevação que equivale a mais de sete milhões de novos embarques, na comparação com o mesmo período de 2012. O crescimento registrado pela operadora já supera a média nacional prevista pela ANPT – Associação Nacional de Passageiros sobre Trilhos (ANPT), que estimou em cerca de 10% o crescimento acumulado para o setor em 2013.

O percentual de elevação da demanda no metrô de Belo Horizonte contrasta com a pesquisa Origem e Destino (OD) divulgada na capital, nesta sexta-feira (17/12). Enquanto a pesquisa aponta queda, entre 2002 e 2012, em relação ao levantamento total da procura por transporte coletivo, no metrô os números indicam elevação sucessiva.

Crescimento recorde na última década
Considerando o mesmo período apontado pela pesquisa, o Metrô de Belo Horizonte saltou de 27,8 milhões de passageiros para mais de 57,4 milhões, crescendo cerca de 210%, na última década. A média diária de usuários do sistema também cresce em ritmo acelerado nas 19 estações e a operadora chegou a registrar recorde de 270 mil pessoas/dia, em 2013.

O número de viagens realizadas pelos trens também cresceu mais de 41%, passando de 61 mil viagens para 86 mil viagens/ano, entre 2002 e 2012 .

Para efeito de comparação, enquanto o metrô transporta cerca de 26 mil passageiros por hora/sentido, o automóvel e o ônibus têm capacidade de 1,4 mil e 5,4 mil, respectivamente. E, considerando os padrões dos diversos sistemas de transporte no mundo, o sobre trilhos chega a emitir cerca de 60% menos gases de efeito estufa (GEE) que os automóveis e 40% menos que os ônibus.

Esses e outros números apontam a real contribuição do metrô para toda a população de Belo Horizonte e Região Metropolitana.

Atualmente o Brasil tem 15 sistemas urbanos de transporte de passageiros sobre trilhos, implantados em 11 Estados e a CBTU está presente em cinco deles, levando cerca de 150 milhões de brasileiros em todo o pais.

Fonte: IMPRENSA CBTU - BELO HORIZONTE

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Metrô de Belo Horizonte tem aumento de 13% no número de passageiros

13/01/2014 - R7

Em 2013, 64,9 milhões de pessoas usaram o metrô na cidade

O metrô de Belo Horizonte teve um crescimento de 13% no número de passageiros em 2013 em relação ao ano interior. Ao todo, 64,9 milhões de pessoas usaram os trens que ligam a Estação Eldorado, em Contagem, à Estação Lagoinha, na região de Venda Nova.

Segundo a CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) o aumento é maior que a média nacional de 10% prevista pela ANPTrilhos (Associação Nacional de Transportadores de Passageiros sobre Trilhos).

Durante o ano foram realizadas cerca de 90 mil viagens, com índice de pontualidade de 98,9%. A regularidade das partidas, de acordo com a companhia, foi de 99,5%.

A Estação Eldorado, no bairro Cidade Industrial, teve o maior número de embarques: mais de dez milhões de passageiros pegaram o metrô no local.

Conforme a CBTU a média mensal de usuários passou de 4,7 para 5,4 milhões no ano passado.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Metrô de BH cresceu 13,5% em 2013: sete milhões de novos embarques

06/01/2014 - Revista Abifer
 
O número de passageiros da CBTU-Belo Horizonte cresceu 13,5% em 2013, uma elevação que equivale a mais de sete milhões de novos embarques, na comparação com o mesmo período de 2012. O crescimento registrado pela operadora já supera a média nacional prevista pela ANPT – Associação Nacional de Passageiros sobre Trilhos (ANPT), que estimou em cerca de 10% o crescimento acumulado para o setor em 2013.
 
O percentual de elevação da demanda no metrô de Belo Horizonte contrasta com a pesquisa Origem e Destino (OD) divulgada na capital, nesta sexta-feira (17/12). Enquanto a pesquisa aponta queda, entre 2002 e 2012, em relação ao levantamento total da procura por transporte coletivo, no metrô os números indicam elevação sucessiva.
 
Crescimento recorde na última década
 
Considerando o mesmo período apontado pela pesquisa, o Metrô de Belo Horizonte saltou de 27,8 milhões de passageiros para mais de 57,4 milhões, crescendo cerca de 210%, na última década. A média diária de usuários do sistema também cresce em ritmo acelerado nas 19 estações e a operadora chegou a registrar recorde de 270 mil pessoas/dia, em 2013.
O número de viagens realizadas pelos trens também cresceu mais de 41%, passando de 61 mil viagens para 86 mil viagens/ano, entre 2002 e 2012 .
 
Para efeito de comparação, enquanto o metrô transporta cerca de 26 mil passageiros por hora/sentido, o automóvel e o ônibus têm capacidade de 1,4 mil e 5,4 mil, respectivamente. E, considerando os padrões dos diversos sistemas de transporte no mundo, o sobre trilhos chega a emitir cerca de 60% menos gases de efeito estufa (GEE) que os automóveis e 40% menos que os ônibus.
 
Esses e outros números apontam a real contribuição do metrô para toda a população de Belo Horizonte e Região Metropolitana.
 
Atualmente o Brasil tem 15 sistemas urbanos de transporte de passageiros sobre trilhos, implantados em 11 Estados e a CBTU está presente em cinco deles, levando cerca de 150 milhões de brasileiros em todo o pais.